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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

"Não vamos mais falar nisso"!

11 julho 2021 - 05h00

Quando superamos um conflito com alguém, uma situação difícil que enfrentamos, é comum não querermos falar mais sobre o assunto. Superamos! Seguimos em frente! Vida nova! Isso aconteceu com José do Egito. Rejeitado, vendido como escravo pelos irmãos, José, agora, muitos anos depois, encontra-se numa situação privilegiada. Poderia vingar-se, mas decide perdoar àqueles que lhe causaram tanto sofrimento: - "Vocês, na verdade, intentaram o mal contra mim; porém, Deus o tornou em bem, para fazer aquilo que vocês estão vendo agora - conservar a vida de muita gente, inclusive a de vocês". (Gênesis 50:18-20) De fato, a motivação dos irmãos de José foi mesquinha - e ele deixou isso claro. Mas Deus fez todo aquele mal se transformar em bênção para todos eles. Quando reconhecemos a ação de Deus em todos os nossos caminhos, ofuscamos as emoções humanas e as lembranças negativas do nosso passado. Em dias difíceis pode ser que venham à nossa mente pensamentos de fracasso, de rejeição, de autocomiseração. Mas precisamos resistir firmes a esses maus pensamentos. Se os alimentarmos, logo estaremos nos sentindo cada vez pior. Tudo o que Deus permite tem um propósito, ainda que não consigamos enxergá-lo no momento do sofrimento. Jó em todo o seu sofrimento questionou a Deus muitas vezes. Ele fez perguntas para as quais não encontrou resposta imediata. Muitas vezes sentiu-se como se Deus não o ouvisse e nem se importasse com a sua dor. Sim, os sentimentos são válidos, mas podem-nos enganar. Então, o mais importante é o que "sabemos" sobre Deus. É o que sabemos, e não o que sentimos, que vai-nos manter em pé nos dias difíceis da vida! E todos nós passamos por muitos dias de dificuldades! Dias em que pensamos - "Não vou conseguir sair dessa!" Mas conseguimos com a força que Cristo nos dá! Depois que José se revelou aos irmãos, colocou em dia 25 anos de conversa acumulada. É bastante tempo! Cada vez que os irmãos procuravam mencionar os erros do passado, José os impedia. "Não vamos mais falar nisso; isso pertence ao passado. Deus tinha um plano, e tudo cooperou para o nosso bem e a glória Dele. Vamos falar sobre essas coisas". E aí? Vamos ficar remoendo as dores do passado ou vamos falar de um futuro mais promissor? Ninguém pode modificar o passado. Todavia, pode fazer diferente agora. Um pequeno passo pode-se transformar em uma linda caminhada, se perseverarmos! Tudo começa com um passo! Parece pequeno, insignificante, mas já foi um passo. E, assim, vamos aumentando o número de passos. Para validarmos em nossas vidas a frase de José - "Não vamos mais falar nisso!" - precisamos perdoar. Nem sempre temos a oportunidade de expressar às pessoas que nos magoaram o quão feridos nos sentimos. Se tiver oportunidade, faça isso! No entanto, não há garantia de que isso vá modificar o comportamento dessas pessoas. Sendo assim, falando ou não, perdoe. E não fique culpando os outros pelas suas dores. Vamos imaginar o que aconteceria se José fosse jogar todas as dores sofridas de rejeição, medo, indignação, tristeza, na cara de seus irmãos? Isso criaria um clima péssimo entre eles. Um distanciamento que talvez nunca mais pudesse ser superado! Foram injustos com você? Puxaram o seu tapete? Traíram a sua confiança? Deus é a sua justiça! Entretanto, é comum colocarmos em funcionamento a nossa justiça. Antigamente, na época do Velho Testamento, a regra era - "olho por olho, dente por dente". Mas Jesus nos ensinou a andar a segunda milha, a perdoar, a deixar que Deus faça a verdadeira justiça. No Sermão do Monte, Jesus ensina que aqueles que têm fome e sede de justiça serão fartos. (Mateus 5:6) A justiça do homem é falha, pois é baseada em intenções, perspectivas e conceitos limitados. Os tribunais funcionam com base em provas, autos processuais, que são produzidos por homens. Na justiça divina, o Juiz, que é Deus, tem diante de Si todas as provas - claras, fidedignas, inquestionáveis, irrefutáveis, a partir das quais Ele determina os seus juízos. Somente Ele tem a perfeita condição de nos saciar com a Sua justiça. José do Egito nos dá um grande exemplo. Ele sabia perdoar e era misericordioso. Deixemos Deus endireitar o nosso coração!