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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

O ‘quartinho secreto’

18 julho 2020 - 23h59
Um livro chamado "Jogue fora 50 coisas", de Gail Blanke, destaca quatro regras do desapego, que podem ajudar as pessoas a acabarem com a desordem de suas vidas, evitando acumular o que não usam. A primeira regra diz que "se algo traz peso, fica entulhado por muito tempo, faz você se sentir mal consigo mesmo, jogue fora, dê, venda, deixe ir embora, siga em frente. Não é incomum hoje em dia encontrarmos pessoas apegadas a coisas - são os acumuladores, que juntam grande quantidade de coisas, geralmente em completa desordem, ocupando áreas da casa ou do local de trabalho. Começam enchendo um quarto de quinquilharias; depois, outro quarto, a sala, a cozinha, até que não sobre espaço para mais nada. Trata-se de uma doença, que deve ser tratada. Da mesma forma, a regra do desapego pode ter uma aplicação espiritual também. Quantas vezes ficamos apegados ao nosso passado, sofrendo por situações que nos machucaram emocionalmente?! Criamos em nossa alma um "quartinho" de más lembranças, de mágoas e tristezas, deixando de viver a vida em sua plenitude. 
O apóstolo Paulo nos traz uma preciosa lição sobre isso - "esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus..." (Filipenses 3:13-14) Muitas vezes é difícil nos desprendermos de coisas do passado, de acontecimentos ruins que nos machucaram. Podemos estar apegados a práticas pecaminosas, a pessoas que nos faziam mal; pode ser o apego a atitudes, modos, hábitos que não são saudáveis. Pode ser o apego a uma decepção, mágoa, dor; enfim, podemos estar apegados a tantas coisas que nos impedem de fluir e seguir em frente, escrevendo uma nova história para a nossa vida. Podemos, inclusive, estar apegados a erros que cometemos no passado. Mais difícil do que perdoar os outros é perdoar a si mesmo! Imaginem se o apóstolo Paulo fosse viver das lembranças do tempo em que perseguia e mandava matar os cristãos, crendo que estava fazendo a coisa certa?! Os irmãos de José do Egito viviam das lembranças tenebrosas do passado, mesmo depois de terem recebido demonstrações de perdão por parte de José. A culpa os acompanhava. Recordavam-se de sua crueldade ao venderem José como escravo e temiam vingança. (Gênesis 50:15) Da mesma forma, muitos de nós permanecemos ligados aos antigos erros, apesar da misericórdia de Deus e a daqueles a quem podemos ter ferido. A culpa não conduz a lugar algum! Mas o arrependimento e a mudança de atitude, sim! Se fizemos algo de que nos envergonhamos e, verdadeiramente, pedimos perdão a Deus e às pessoas que magoamos, certamente, haverá um caminho novo de amor e graça. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Jesus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". (I João 1:9) Para a mulher pega em adultério, Jesus disse: "Vai-te e não peques mais". (João 8:11) A verdadeira liberdade vem quando confessamos as nossas transgressões a Deus e as deixamos. Ele lança os nossos pecados nas profundezas do mar! (Miquéias 7:19) Se Jesus nos libertar, verdadeiramente, seremos livres. (João 8:36).