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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Coluna

Os que trabalham pela paz

20 março 2022 - 05h00


No mundo globalizado em que vivemos o que acontece com um país acaba comprometendo, em maior ou menor grau, os demais países. É difícil dizer que há vencedores em uma guerra. Desde a Antiguidade, os territórios eram tomados à força, e os povos vencidos eram escravizados, tendo que se submeter aos invasores. Temos acompanhado com muita tristeza o que vem acontecendo com a Ucrânia - um cenário real de caos e devastação, em que a população civil é a mais afetada. Em geral, os governantes acompanham a guerra pelos bastidores. Eles não vão para o campo de batalha. Vão decidindo de acordo com os seus interesses; muitas vezes, desumanos e escusos. Então, a gente fica se questionando o que está por trás disso tudo, o que os especialistas em Geopolítica, em Economia, vem tentando responder. Tiago, em seu livro no Novo Testamento, trata da sabedoria que vem do céu, que é pura, pacífica, bondosa e amigável, cheia de misericórdia, produzindo uma colheita de boas ações. "Pois a bondade é a colheita produzida pelas sementes que foram plantadas pelos que trabalham em favor da paz". (Tiago 3:17-18) Trabalhar em favor da paz é sinal de sabedoria. A sabedoria que vem do céu é "pura", o que significa sem interesses escusos; é "pacífica", sem imposições pelo uso da força; é "bondosa", generosa; "amigável", sempre disposta a estender as mãos para uma caminhada em conjunto, o que significa muitas vezes abrir mão de seus próprios direitos; é "misericordiosa", disposta a perdoar. O que temos visto no mundo contemporâneo é um individualismo crescente, em que cada pessoa, cada país, cada continente, procura defender apenas os seus interesses. Seguindo essa linha, o resultado é guerra e solidão. Nem sempre é possível seguir pelo caminho da paz. Por isso, a Palavra de Deus nos ensina que "no que depender de nós, devemos fazer o possível para termos paz com todas as pessoas". (Romanos 12:18) 
A ameaça de uma Guerra Mundial nos assusta, é verdade. Mas quero tratar aqui das "pequenas guerras" do dia a dia. É a guerra da intolerância, da vingança, da prepotência e, até, da guerra pela guerra, para mostrar poder. Os homens usam os argumentos mais escusos para justificarem as guerras. Falta de compreensão quanto à verdadeira vontade de Deus. As tentativas do homem para conseguir paz mundial têm fracassado, como temos visto. O mundo prega uma mudança de ambiente, de situações e circunstâncias para que haja paz. Mas Deus diz que esse não é o caminho. O problema básico do homem em relação à paz não é causado pelas circunstâncias, mas pela dureza de seu coração egoísta e corrupto. 
Felizmente, ainda existem aqueles que trabalham pela paz. Nas bem-aventuranças, Jesus afirmou: "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus". (Mateus 5:9) O pacificador promove a paz. Ele não é agressivo em sua maneira de tratar as pessoas. Ele não procura rixas com os outros. Não gosta de brigas e intrigas. Ele é um pacificador, porque vive a paz de forma prática. O pacificador não tem interesses pessoais escusos. Seu único interesse é ajudar a reconciliar as pessoas ofendidas. Ele não é supersensível, nem defensivo. Ser pacificador é saber controlar pensamentos e emoções. Quando enfrentamos uma situação problemática, principalmente nos relacionamentos, precisamos pensar sobre o que Jesus faria naquela situação, e quais os princípios de Deus que poderão nos orientar. Devemos ser cuidadosos quanto às nossas reações e palavras. O pacificador sabe controlar sua língua. Muitos problemas seriam evitados, se as pessoas pensassem antes de falar. O pacificador precisa falar apenas o que edifica. Ele deve estar pronto para ouvir, ser tardio para falar e se irar. (Tiago 1:19) Se deixarmos que o nosso vulcão interior entre em erupção, permitamos que Deus nos levante novamente, para que sigamos pelo caminho da paz!