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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Coluna

Paciência na espera

21 março 2020 - 23h59
Dias que parecem intermináveis! Contextos que não se modificam em curto prazo! Sonhos que desabam de uma hora para outra! Más notícias! O que fazer nesses dias de tribulação? Esperar! Esperar com paciência no Senhor, procurando aprender o que esses tempos difíceis estão nos ensinando! Uma dotação generosa de paciência é essencial a todos nós. Crisóstomo chamava a paciência de rainha das virtudes. Paciência significa resistência vitoriosa, constância máscula sob provação. É a habilidade corajosa e triunfante para suportar males, a qual capacita a pessoa a ultrapassar o ponto de quebra, sem quebrar, a saudar o imprevisto com coragem e boa vontade. Quando lidamos com situações difíceis e, aparentemente, insolúveis, precisamos da paciência vinda de Deus para não desmoronar. 
O povo hebreu no deserto, sob a liderança de Moisés, não foi paciente. O caminho do deserto era difícil, é verdade! Mas o povo tinha uma promessa! E caminhava nessa direção! O trajeto que poderia ser feito em 11 (onze) dias demorou 40 (quarenta) anos para ser concluído, em razão do espírito murmurador daquele povo. Tomemos muito cuidado com a nossa boca! Que ela não se torne um antro de murmurações nos dias difíceis da vida! Deus mandava o maná, que dava para moer, fazer farinha e bolos. Mas o povo não estava contente com a provisão que Deus estava mandando. Queria as carnes, os pepinos, melões, alhos e cebolas do Egito. As provações mostram o que existe dentro de nós! O povo começou a chorar como crianças. Tal atitude do povo levou Moisés ao desespero. "- Onde é que ele iria conseguir carne para todo aquele povo?!" Moisés chegou a pedir a Deus que lhe tirasse a vida, caso não resolvesse aquela situação calamitosa. Deus, então, mandou um vento que trouxe codornas do mar, e elas caíram em volta do acampamento. O povo comeu carne, até que esta lhes saísse pelo nariz. Muitos morreram em razão de uma praga provocada pela ingestão daquele alimento. Deus tinha prometido uma terra maravilhosa; porém, eles não tiveram paciência suficiente, quando enfrentaram problemas. Por isso perderam a bênção. (Números 11:1-35) 
Por trinta anos, Rosa Parks se indignou com as desigualdades ao seu redor. Por ser negra, ela tinha de viajar no fundo do ônibus. De volta para casa do trabalho em 1955, em Montgomery, Alabama, Rosa entrou no ônibus e sentou-se num lugar vago. Ela estava exausta. Seu pescoço, ombros e costas doíam, depois de costurar o dia inteiro. Algumas pessoas brancas subiram para o ônibus depois de Rosa, e todos acharam lugares, exceto um homem branco. O motorista do ônibus pediu que alguém desse lugar ao homem branco. Todos olharam para Rosa, que se recusou a ceder seu lugar. Por causa disso, foi presa por dois policiais. A prisão de Rosa agitou a comunidade negra. As pessoas estavam indignadas por forçarem uma mulher negra a ceder seu lugar num ônibus para um homem branco só por causa da cor de sua pele. As pessoas se reuniram em uma igreja para organizar um boicote aos ônibus, o qual marcou a história e trouxe Martin Luther King ao cenário nacional. Os 381 dias de boicote exigiram muita paciência e perseverança, enquanto os organizadores arranjavam transporte de carros para os trabalhadores que dependiam de transporte coletivo. O boicote obteve êxito quando os ônibus de Montgomery terminaram com a segregação racial em 1956. Que esses tempos difíceis nos ensinem a sermos mais pacientes e a pensarmos mais nos interesses coletivos do que nos individuais!