Nesses dias temos acompanhado muitas manifestações pelas ruas, infelizmente, em um período crítico em que aglomerações não são bem-vindas. Algumas têm motivações legítimas; outras, não. Vivemos em um mundo onde temos que enfrentar diariamente muitas "guerras", provocadas pela ganância, pelo preconceito, pelas injustiças sociais. É a guerra da intolerância, da vingança, da prepotência e, até, da guerra pela guerra para vender materiais bélicos. Os homens usam os argumentos mais escusos para justificarem o uso de armas pela população e as próprias guerras. Sendo assim, as tentativas do homem para conseguir a paz mundial têm fracassado. O mundo prega uma mudança de ambiente, situações e circunstâncias para que haja paz. Mas Deus diz que esse não é o caminho. A paz deve começar em cada um de nós O problema básico do homem em relação à paz não é causado pelas circunstâncias, mas pela dureza de seu coração, porque o homem quer sempre fazer valer a sua vontade pessoal. Alguns, a qualquer preço.
Quando Jesus foi preso, um dos que estavam com ele estendeu a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha. Então, Jesus o repreendeu, dizendo: - "Mete no lugar a tua espada; porque os que lançarem mão da espada à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que Ele não me daria mais de doze legiões de anjos?" (Mateus 26:51-53) Nas bem-aventuranças, Jesus afirmou: "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus". (Mateus 5:9)
O mundo precisa de pacificadores. O pacificador promove a paz. Ele não é agressivo em sua natureza e maneira de tratar as pessoas. Não vive criando rixas com os outros. Não gosta de brigas, intrigas e confusão. Um cristão deve ser um promotor da paz. Isso não significa aquiescência passiva diante da injustiça. É falar, calar e lutar com sabedoria, no tempo certo. Todo cristão deveria ser um pacificador, vivendo a paz de forma prática. Enquanto o mundo vibra quando vê "o circo pegar fogo", o pacificador vibra com a restauração da paz. O interesse principal do pacificador é ajudar a reconciliar as pessoas ofendidas. Ele não é supersensível, nem defensivo. Para ser pacificador, a pessoa precisa ser mansa e ter motivos puros.
Ser pacificador é saber controlar pensamentos e emoções. Quando um pacificador enfrenta uma situação problemática, precisa pensar sobre o que Jesus faria naquela situação e quais os princípios de Deus que poderão orientá-lo no enfrentamento do problema. Depois de pensar cuidadosamente sobre como reagir, ele deve saber como e quando falar. O pacificador sabe controlar a sua língua. Muitos problemas seriam evitados, se as pessoas pensassem antes de falar. O pacificador precisa falar apenas o que edifica. Ele deve estar pronto para ouvir, ser tardio para falar e se irar. (Tiago 1:19) O livro de Tiago também nos diz que guerras e contendas vêm por causa dos prazeres que militam em nossa carne, isto é, queremos sempre fazer valer a nossa vontade, os nossos desejos egoístas. O pacificador é aquele que está disposto a pedir perdão e perdoar. Está sempre procurando a reconciliação. Que haja mais paz na terra a começar em nós!