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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Coluna

Quando as coisas vão mal

27 junho 2021 - 05h00


Existem fases na vida da gente em que as coisas não correm bem. Há dias difíceis que todos nós enfrentamos ainda que tenhamos muita fé. A fé não nos exime de problemas, de aflições, de sofrimentos. Mas é verdade que ela nos ajuda a "passar pelo vale", embora muitas vezes essa fé pareça pequena; muito, mas muito mesmo, menor que um grão de mostarda. E nesses dias difíceis temos que ter humildade para chegar diante de nosso Pai de Amor e pedir que Ele nos ajude a ter mais fé. O famoso autor irlandês, C.S. Lewis, em um de seus livros, confessou que quando a sua esposa, Joy, morreu de câncer nos ossos, ele sentiu como se os céus tivessem se transformado numa barreira de bronze entre ele e Deus. O rabino Harold Kushner, em seu livro "Quando coisas ruins acontecem a pessoas boas", diz que a questão do sofrimento das pessoas que amam a Deus é a principal questão teológica dos religiosos sensíveis. E Oswald Chambers, famoso pastor e professor escocês, escreveu: "Ser capaz de explicar o sofrimento talvez seja a maior indicação de nunca ter sofrido". Na Bíblia temos o relato de muitas pessoas de fé que sofreram. Podemos pensar um pouco em Noemi e Jó, que têm algo em comum - ambos perderam filhos. Jó sofreu a morte de seus filhos, e a perda de suas riquezas, tudo num único dia. Além disso, algum tempo depois, a sua saúde se deteriorou e, aparentemente, não havia mais esperança para ele. Em meio a tanto sofrimento, seus amigos se achegaram a ele para acusá-lo de ter algum pecado secreto, que precisava ser confessado a Deus. A mulher de Jó ficou tão revoltada que propôs que ele abandonasse a Deus, que tinha permitido que toda aquela tragédia ocorresse. (Jó 2:9) Aos olhos dela, estava claro que Deus havia traído o seu marido. 
Jó, na verdade, nunca descobriu o porquê dessas tragédias em sua vida. Ao lermos o livro de Jó, temos a sensação de que a vida dele é um campo de batalha, onde as forças da luz e das trevas travam uma guerra sangrenta. Satanás estava plenamente convicto de que sua estratégia de sofrimento destruiria a fé de Jó. Mas isso não aconteceu. Por fim, a percepção que Jó tinha de Deus cresceu, mas isso de forma alguma diminuiu a intensidade de seu sofrimento. Para Jó, a esperança não dependia de ter suas posses, ou sua família de volta. No meio das circunstâncias adversas, Jó exclama que ainda sabe duas coisas: "eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19:25) e "verei a Deus" ( Jó 19:26). Saber faz toda a diferença! Os sentimentos, muitas vezes, são contraditórios. O importante é o que sabemos sobre Deus e sobre o que Ele diz em Sua Palavra. Nos dias difíceis, vamos nos apegar ao que sabemos, e não ao que sentimos. 
Certamente, ninguém desejaria passar pelo sofrimento de Jó, de Noemi, de Rute, de tantos outros servos de Deus. Hesitamos em nos colocar no lugar daqueles que sofrem. Mas, na verdade, já estamos no lugar deles, visto que, aqui na Terra, fazemos parte dessa vida física, limitada e temporária. Quer nos assemelhemos muito, ou pouco, com Jó, todos precisamos do mesmo Redentor que ele conhecia. Quando conhecemos o Salvador, a nossa visão sobre a vida e a morte muda. Temos uma visão de ressurreição, em todos os níveis. O nosso Redentor vive em nós, agora. Jesus está conosco. Ele nunca nos deixará. Seja qual for o seu sofrimento, querido leitor, Jesus promete o consolo do Espírito Santo, promete curar a sua ferida, estar ao seu lado e dar forças para você seguir em frente.