Muito se tem falado sobre o poder da oração. Orar faz bem pra gente. Deveríamos levar a oração mais a sério. Orar como fazia Daniel, o profeta, que, por orar a Deus três vezes por dia, mesmo com todos os seus afazeres, foi parar na cova dos leões, em razão de uma armadilha cruel forjada pelos que o invejavam. Mas Deus o livrou. A oração nos transforma. Orar não é só pedir. Orar é entrar na mais estreita comunhão com Deus, o nosso Pai. Orar é adorar, é agradecer, é confessar, é receber consolo, força, direção, resposta. Se orar for apenas um momento em que uma lista de pedidos é feita, nunca será parte de uma vida.
Jesus é o nosso maior exemplo de vida de oração. Ele se retirava da agitação, do meio da multidão, e passava horas em oração, em comunhão com o Pai. George Müller foi outro guerreiro de oração. Na adolescência foi um fracasso, uma decepção, pois ninguém, nem mesmo os seus familiares dariam um tostão furado pelo futuro dele. Era um garoto desobediente, dissoluto, rebelde, extraviado. Embriagava-se de tal maneira que, aos 14 anos (1819), no mesmo dia em que sua mãe jazia morta, ele andava perambulando bêbado em Halsberstadt, na Prússia. Mas, um dia, aquele adolescente transviado entregou a vida a Jesus, quando participava de um culto familiar na casa de um amigo. George Müller, depois de sua conversão, dedicou a sua vida inteiramente a Jesus. Deixou marcas profundas como demonstração da sua fé em obras sociais e pregação. Confiava totalmente no poder da oração. Dirigia um orfanato cujo princípio era não revelar a ninguém, senão a Deus, as dificuldades internas. Certo dia, os órfãos sentaram-se à mesa para comer, mas os pratos estavam vazios, sem pão e sem leite. O líder estava calmamente dando graças pela alimentação que iam comer, mas que na verdade não tinham. Mal terminada a oração, ouviu-se alguém batendo à porta do refeitório. Um leiteiro vinha avisar que em frente ao orfanato a sua carroça acidentada, sem roda, não podia prosseguir e, assim, resolveu deixar todo o leite para o orfanato. Extremamente meticuloso, George Müller começou a anotar os pedidos que fazia em oração. Suas orações atendidas no curso da sua vida foram além de 50 mil. Cinquenta mil orações respondidas!
Precisamos ser perseverantes ao orarmos. Jesus contou uma história para mostrar aos seus discípulos a necessidade que eles tinham de orar sempre e continuar orando até vir a resposta: "Havia numa cidade um juiz, homem muito mau, que fazia pouco caso de todos. Uma viúva daquela cidade vinha frequentemente suplicar justiça contra um homem que lhe havia causado prejuízos. O juiz não fez caso dela durante algum tempo, mas no fim ela o deixou nervoso: "Eu não temo a Deus nem aos homens, disse ele consigo mesmo, porém esta mulher está-me incomodando. Vou fazer com que ela receba justiça, pois estou cansado de suas queixas constantes!" Então, Jesus concluiu: "Se até mesmo um juiz mau pode ser vencido pela insistência, vocês não acham que Deus sem falta fará justiça ao seu povo, que Lhe suplica dia e noite? Sim! Ele lhes responderá! Mas a questão fundamental é: Quando Eu, o Messias, voltar, quantos que têm fé (e estão orando) encontrarei?"(Lucas 18:1-6) Jesus disse que Deus já sabe tudo o que é necessário para a nossa vida antes mesmo que Lhe peçamos. (Mateus 6:8) Então, por que pedir? Porque pedir é uma demonstração de fé. A Bíblia ensina que Deus é abençoador dos que O buscam. Ao contrário do juiz iníquo, Deus tem prazer em abençoar os seus filhos. Em Lucas 11:9-13, Jesus ensinou: "Continuem pedindo, que vocês receberão; continuem procurando, que vocês acharão; batam bastante que a porta se abrirá. Todo aquele que pede, recebe; todos os que procuram, encontram; e a porta se abre a todo aquele que bate". Deseje ser alguém cuja vida seja modelada pela oração, cujo pensamento seja nutrido pela oração, cujas atitudes expressem uma vida de oração!