A União do Litoral, proprietária do ônibus que tombou na quarta-feira, na Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98), a Mogi-Bertioga, informou que o tacógrafo do veículo registrou 41 Km/h no momento do acidente e que a máxima permitida é de 60 Km/h.
A empresa informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que o coletivo havia passado por manutenção preventiva há 15 dias e por todas as vistorias de órgãos fiscalizadores, como a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A companhia negou que o veículo de prefixo 4.900 trafegasse em alta velocidade. "Isso seria difícil, já que o trecho era de serra e trafegar em alta velocidade traria riscos", destacou por meio da assessoria de imprensa.
De acordo com a companhia, a velocidade máxima permitida na Rodovia é de 60 Km/h e o tacógrafo do coletivo teria registrado 41km/h no momento da tragédia. "Mas temos que aguardar a perícia para saber as reais causas do acidente".
A União do Litoral não soube precisar quantos alunos havia no coletivo. "Até o momento, chegamos a 32 pessoas. Quarenta e seis é a capacidade do ônibus", informou.
A transportadora também negou que teria ocorrido uma discussão entre o motorista e os estudantes, situação que chegou a ser cogitada por alguns dos sobreviventes.
Ademir Pedralli, pai de um estudante que teve ferimentos graves e permanecia internado no Hospital Santo Amaro no Guarujá, disse ter ficado sabendo que uma estudante discutiu com o motorista do ônibus minutos antes do acidente. Ela teria reclamado que o condutor estava em alta velocidade.
"A pasta profissional do motorista é exemplar e não há nenhuma reclamação de alunos. Inclusive, alguns alunos de outras linhas irão prestar uma homenagem a ele com um minuto de silêncio", comentou a empresa.