A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,7% no trimestre até agosto de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior resultado da série, iniciada em janeiro de 2012. Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua ficou em 6,9%. No trimestre móvel até maio deste ano, a taxa havia sido de 8,1%. O IBGE constatou que o número de desempregados em todo o País aumentou 29,6% no trimestre até agosto ante igual período do ano passado. Isso significa que 2,008 milhões de pessoas passaram a buscar uma vaga nesse período. Com isso, o Brasil tinha, nos três meses até agosto, 8,804 milhões de desempregados. Trata-se também do maior nível da série, iniciada em janeiro de 2012. O crescimento da população desocupada também foi recorde na pesquisa, que tem informações desde março de 2013 no confronto anual. A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.882 trimestre até agosto de 2015. O resultado representa alta de 1,0% em relação ao período de junho a agosto de 2014 e recuo de 1,1% ante os três meses até maio deste ano. Esta comparação é feita com o trimestre até agosto ante o trimestre até maio para que não haja repetição das informações coletadas, já que a cada mês, segundo o IBGE, são visitados 33% dos domicílios da amostra.