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Economia

Ibovespa sobe 3,64% e tem maior alta porcentual desde novembro de 2014

28 agosto 2015 - 08h00

O resultado do Governo Central, anunciado no começo da tarde de ontem, a desaceleração pontual das bolsas dos EUA e operações de day trade tiraram um pouco do fôlego da Bovespa na segunda etapa. Mas nada disso foi suficiente para impedir o principal índice à vista de renovar o maior ganho porcentual de 2015, fechando novamente no nível de 47 mil pontos. China e Estados Unidos foram os combustíveis que sustentaram o movimento comprador ao longo da sessão, garantindo alta principalmente dos papéis ligados às commodities. O Ibovespa terminou o pregão em alta de 3,64%, maior ganho porcentual desde 21 de novembro do ano passado (+5,02%). Fechou aos 47.715,27 pontos, maior patamar desde 13 de agosto (48 009,56 pontos). Na mínima, marcou 46.038 pontos (estabilidade) e, na máxima, 47.997 pontos (+4,25%). Nestes três dias em alta, avançou 7,62%, mas, no mês, cai 6,19% e, no ano, recua 4,58%. O giro financeiro totalizou R$ 7,83 bilhões. As medidas anunciadas pela China nos últimos três dias finalmente fizeram os índices acionários do país subirem. As commodities também tiveram fortes ganhos, caso do petróleo, que saltou 10,26% na Nymex, a US$ 42,56 o barril no contrato para outubro. O desempenho do PIB norte-americano no segundo trimestre surpreendeu positivamente e favoreceu ainda ações de empresas como Gerdau, que atuam no país. Gerdau PN subiu 10,88% e Metalúrgica Gerdau PN disparou 17,67%. À tarde, no entanto, a Bovespa saiu das máximas depois que o Tesouro divulgou o resultado do Governo Central de julho, quando o déficit ficou em R$ 7,223 bilhões, o pior para o mês da série histórica, iniciada em 1997. Esses números, combinados ao enfraquecimento das bolsas norte-americanas e operações de day trade, suavizaram o movimento comprador de ações domésticas. Mesmo assim, apenas quatro ações terminaram em baixa. Dólar O dólar à vista interrompeu ontem uma sequência de quatro altas consecutivas e fechou em queda de 1,11%, cotado a R$ 3,563. A melhora da percepção mundial sobre a China, reforçada por dados de PIB dos EUA que mostraram que a economia norte-americana cresce a uma taxa anualizada de 3,7%, contra projeção de alta de 3,3% e leitura original do dado de 2,3%, foi determinante para a interrupção da escalada do dólar, que havia subido 4,37% frente ao real desde sexta-feira da última semana. No cenário brasileiro, contribuíram fatores como a confirmação de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República e a concessão de mais 15 dias de prazo para que o governo justifique ao Tribunal de Contas da União as pedaladas de 2014. Por outro lado, ainda geram tensão a possível discussão em torno do retorno da CPMF em 2016 e a proposta de Orçamento da União para o próximo ano.

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