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Economia

Levy e Tombini dizem que Brasil segue determinado a alcançar fiscal de 0,7%

11 outubro 2015 - 08h00

O governo brasileiro continua determinado a alcançar superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, afirma declaração conjunta do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, divulgada durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. "Os esforços em cortar gastos e a conclusão da discussão democrática em curso no Congresso em torno de orçamento do próximo ano permitirão a consecução desse objetivo", afirma o documento. Para os dois ministros, com o avanço do ajuste fiscal, a demanda interna poderá retornar, abrindo caminho para o crescimento econômico em 2016 e facilitando a convergência da inflação para a meta. "Em paralelo, o governo continua preparando o encaminhamento de reformas estruturais de médio e longo prazos ao Legislativo, com vistas a expandir a capacidade de oferta da economia nacional." Nas discussões durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial em Lima que envolveram o Brasil, Levy e Tombini reforçaram que "prossegue o ajuste macroeconômico previsto para o ano de 2015". A declaração conjunta menciona que o ajuste nas contas externas brasileiras "vem se desenvolvendo rapidamente", com crescimento das exportações em mais de 5% este ano, o que fará que a exportação líquida dê a primeira contribuição positiva para o PIB do País desde 2005, "transformando as exportações em um dos motores para o crescimento econômico à frente". O documento ressalta que existem evidências do início de "um sólido processo de substituição de importações". "O fluxo de recursos para o País prossegue forte", destaca o documento, ressaltando que o déficit em transações correntes recuará mais de 40% entre 2014 e 2015 e deverá ser inteiramente financiado por investimentos estrangeiros. Otimismo Levy e Tombini ressaltam ainda que a reunião do FMI e do Banco Mundial destacou o momento "delicado" por que passa a economia global, mas eles notaram que o ambiente nas reuniões "foi mais otimista", pois a conclusão é de que os atuais riscos no cenário estão associados às "transições necessárias da economia global para retomar um padrão de crescimento sustentável pós-crise financeira global".

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