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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Editorial

4,38%

05 janeiro 2021 - 05h00
Notícia publicada na Agência Brasil na edição de ontem mostrou que o Banco Central (BC) baixou de 4,39% para 4,38% a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, segundo informações do boletim Focus. 
Esse importante índice é medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar a variação dos preços no comércio.
Ele é considerado, pelo Banco Central, o índice brasileiro oficial da inflação ou deflação.
Com periodicidade semanal, o documento reúne as projeções para os principais indicadores da economia.
Pelo último número divulgado, o indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional de 4%. 
Contudo, se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.
A projeção para 2021 também foi reduzida, pela segunda semana consecutiva, de 3,34% para 3,32%. Já o índice esperado para 2022 e 2023 permaneceu inalterado, de 3,50% e 3,25%, respectivamente.
O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. 
É pelo IPCA que são corrigidos alguns impostos, municipais, por exemplo.
Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, a taxa prevista para 2021 foi diminuída de 3,13% para 3%. Quanto a 2022 e 2023, a expectativa é de que seja de 4,5% e 6%, respectivamente.
No dia 9 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano. A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. 
Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.