sexta 19 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Atropelamentos na via

17 janeiro 2019 - 23h59
O DS trouxe reportagem, na edição de ontem, mostrando que durante o ano de 2018 foram registrados 101 atropelamentos causados na linha férrea sob concessão da MRS, exatamente o mesmo número se comparado ao ano anterior, em todo o País. Em Suzano o número de ocorrências caiu de 4 para 3 na comparação do mesmo período. 
Os riscos de atropelamento na via férrea são grandes. É preciso garantir um trabalho efetivo de conscientização, ao lado de campanha para reduzir os riscos de ocorrências.
O resultado da pesquisa, apesar de muito bom em comparação a outros modais, é um alerta para pedestres e motoristas que atravessam a ferrovia, já que a imprudência continua sendo a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante a linha férrea.
No Brasil, as normas relativas à sinalização ferroviária estão previstas no decreto 90.959/85, e são regulamentadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Com o crescimento populacional, as áreas adjacentes às linhas dos trens passaram a ser ocupadas de forma irregular, e as consequências recaíram tanto sobre a segurança da população quanto sobre o próprio desempenho operacional das ferrovias.
Para adequar a circulação ferroviária às novas configurações habitacionais nos grandes centros, a lei prevê sinalização específica para os cruzamentos entre vias e linhas férreas, também chamados “passagens em nível”. 
A sinalização deve ter, por exemplo, faixas brancas no chão, placas de fácil visibilidade e sinais luminosos. Em alguns casos, dependendo do risco, até mesmo cancelas e alertas sonoros são instalados para prevenir acidentes.
A tese de que não há uma concentração geográfica das ocorrências, tendo em vista que os atropelamentos ou abalroamentos são provocados pelo comportamento imprudente nas proximidades da ferrovia, um componente imprevisível, foi evidenciada mais uma vez. Diversos municípios sem histórico de acidentes ferroviários em 2017 retornaram ao mapa, tais como Congonhas, Ewbank da Câmara (MG) e Pindamonhangaba (SP).
Apesar de todos os esforços de conscientização junto às pessoas que convivem com a ferrovia, os acidentes continuam sendo causados pelo comportamento inadequado de uma minoria de pessoas que ainda insistem em se arriscar nas proximidades da linha férrea, garante a MRS. 
É importante que o pedestre não tenha imprudência, desatenção e falta de avaliação dos riscos na hora de atravessar a ferrovia. Nos últimos dois anos, 78% das ocorrências foram registradas em trecho corrido, sendo que em 30% desses casos houve envolvimento de pessoas alcoolizadas.