A gripe H1N1 chegou mais cedo neste ano. O contágio de novos casos era esperado para o inverno, mas em março a quantidade de casos confirmados deixou as autoridades de saúde em alerta.
Ontem, começou a imunização dos profissionais de saúde que trabalham em hospitais da Região Metropolitana de São Paulo. A ação faz parte da primeira etapa da antecipação da vacinação no Estado. Deverão ser distribuídas nesta etapa 532,4 mil doses da vacina.
A vacinação será estendida para os grupos prioritários a partir da próxima segunda-feira. Serão imunizadas crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes e idosos da Capital e demais municípios da Grande São Paulo. A expectativa é atingir mais de 3 milhões de pessoas nesta segunda etapa.
A antecipação da vacinação ocorreu porque o vírus começou a circular mais cedo do que o previsto neste ano.
A Região Metropolitana de São Paulo concentra o maior número de casos de gripe H1N1 registrados até o momento no Estado.
Foram notificados, até o dia 29 de março, 465 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo que 59 resultaram em morte. Desse total, 372 dos casos e 55 das mortes estão relacionadas ao vírus H1N1.
Além da H1N1, a vacina que está sendo aplicada protege contra H3N2 e a gripe tipo B. No restante do Estado, a vacinação seguirá o calendário do Ministério da Saúde, com início em 30 de abril.
Tão logo surgiram novos casos da gripe, as filas em busca de vacina contra a doença vem crescendo. A preocupação é geral.
Segundo autoridades de Saúde, a proposta não é vacinar a população inteira, mas os grupos prioritários. É sabido que esses grupos, uma vez infectados pelo vírus, têm maior risco de evoluírem com complicações, como pneumonia.
A grande maioria das pessoas que têm o vírus, depois de dois ou três dias, limita a ação desse vírus e se curam. Em mais de 96% das vezes elas resolvem esse problema na própria casa. Mas, é sempre importante ter consciência também dos riscos e das formas de proteção.