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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Editorial

Consumidor em alerta

30 maio 2020 - 23h59
Desde março, com o avanço da pandemia do coronavírus, os consumidores têm enviado relatos, às redes sociais do Procon em todo o Estado, de aumentos injustificados de preços de álcool em gel e outros itens.
Até o dia 27 de abril, foram recebidos 2.303, o que representa uma alta de 832% nas denúncias (de 247 em março para 2.303 relatos até 27/4).
A prática, que está em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor, é enfrentada pelo órgão fiscalizador. 
A colaboração do consumidor apontando os estabelecimentos que estão se aproveitando deste momento para obter lucros é importante para ajudar neste trabalho.
Nesta semana, novo levantamento do Procon estadual foi divulgado.
Só para se ter uma ideia, durante os dois meses de quarentena decretada no estado, equipes do Procon-SP fiscalizaram mais de 3,5 mil estabelecimentos comerciais para combater o aumento injustificado de preços. 
Desse total de farmácias, supermercados, hipermercados e outros locais, 89% (3.140) foram notificados a apresentar notas fiscais para verificação da prática abusiva.
Cidades da região também sofreram fiscalização.
Os fornecedores que estiverem praticando preços abusivos serão multados; até o momento, mais de 3 milhões em multas foram aplicadas. A elevação de preços de itens essenciais, como alimentos, álcool em gel, botijão de gás e máscaras de proteção, é prejudicial à população e é dever legal do Estado interferir.
As ações das equipes são norteadas também pelas denúncias recebidas nas redes sociais do Procon-SP, que registraram até 26 de maio quase seis mil relatos de consumidores com problemas relacionados à Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), entre problemas com preços e outros assuntos.
Entre os consumidores que registraram reclamação, buscando a ajuda do órgão para intermediar uma solução junto ao fornecedor, agências de viagens (52% do total das reclamações) e companhias aéreas (25%) são os setores mais questionados.
É importante que a fiscalização seja mantida para evitar o abuso de preços em um momento tão delicado de pandemia em que as pessoas estão perdendo seus empregos.
É preciso também conscientização do comércio para evitar qualquer tipo de abuso cometido por conta dos preços mais altos.