O DS trouxe na edição de ontem reportagem mostrando que a região registrou o sétimo caso de assédio sexual nas linhas 11-Coral e 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Neste ano, foram cinco ocorrências na linha 11 e duas na 12. A companhia tem realizado campanhas para coibir este tipo de ato nas composições de trem e orienta as vítimas a denunciar os casos. Cerca de 100 ocorrências foram registradas neste ano nos trens e no Metrô. Agressão física e psicológica, constrangimento público e ameaças ocorreram pelo menos a cada três dias, quando uma mulher denuncia que foi importunada, apalpada, filmada ou agredida nos trens do metrô de São Paulo. A informação foi divulgado na semana passada na Revista Exame. Cada novo caso divulgado reacende uma velha discussão: é possível fazer algo para que o assédio sexual no transporte público diminua - e, por que não, acabe? Uma das propostas mais polêmicas para resolver o drama de milhares de mulheres é a criação do chamado Vagão Rosa. A iniciativa de separar homens de mulheres nos trens em horários de pico foi implantada em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ), mas não saiu do papel em São Paulo. No caso do Alto Tietê, o último caso aconteceu na noite de quarta-feira. Um operador de máquinas, de 31 anos, abaixou as calças e mostrou o órgão genital, dentro de uma composição da CPTM, para uma operadora de telemarketing, de 41 anos. O caso aconteceu em Ferraz de Vasconcelos e foi registrado no Distrito Policial (DP) da cidade. Usuários que viajavam no trem da Linha-11Coral presenciaram os atos obscenos e comunicaram aos vigilantes na Estação Ferraz de Vasconcelos. O homem foi detido na Estação Antônio Gianetti Neto porque a denúncia foi feita com o trem em movimento. Ao retirá-lo do vagão, os seguranças notaram que o homem, que negou o crime, estava visivelmente alterado. É importante que uma solução seja tomada no sentido de garantir a segurança para as milhares de passageiras que utilizam os trens da CPTM, todos os dias.