quinta 18 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Crise nos Correios

15 março 2018 - 00h00
A greve dos funcionários dos Correios foi encerrada na maior parte do País.
Os Correios, que já foi uma empresa pública altamente rentável, vive, desde o ano passado, dificuldades. Só para se ter uma ideia, em 2017 fechou com prejuízo de R$ 1,3 bilhão. 
Foi o quinto ano consecutivo em que a companhia, que foi palco inaugural do mensalão há mais de dez anos, fechou no vermelho. Nos primeiros quatro meses deste ano, o prejuízo acumulado é de R$ 800 milhões.
 
Para tentar reverter a crise, os Correios propuseram alterar o plano de saúde dos funcionários. A ideia é que a empresa, que hoje custeia, em média, 93% dos planos de funcionários, estendendo o benefício a cônjuges, filhos e pais, concentre-se em pagar 100% do benefício, porém apenas para funcionários ativos e aposentados, excluindo parentes.
 
A greve dos Correios prejudicou milhares de pessoas, mas não desobriga o pagamento de nenhuma conta, porém se após o contato com a empresa, outras formas de pagamentos não forem oferecidas, o consumidor poderá questionar eventuais juros e multa cobrados. Para isso, ele deve procurar diretamente o Procon do seu município ou mesmo a Justiça.
O Procon recomenda que aqueles que preferem se precaver em relação ao pagamento de contas, devem optar por formas de pagamento que não envolvam o serviço dos Correios, como o envio do boleto por e-mail ou mesmo débito em conta bancária.
 
No caso de envio de encomendas, o consumidor que for prejudicado com o atraso terá direito ao ressarcimento do valor do serviço contratado ou até mesmo exigir, judicialmente, o cumprimento da obrigação da entrega, com pedido de multa diária pelo descumprimento. 
A empresa informou ainda que na tarde desta terça-feira o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de efetivo mínimo de 80% dos trabalhadores em cada unidade, enquanto durar a greve.
 
Em comunicado, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) disse que orientou pela volta ao trabalho ontem, mantendo o estado de greve.
As medidas adotadas pela direção da estatal demonstram a "intenção clara de privatizar" os Correios.
Em Suzano, pelo menos 74% dos funcionários dos Correios aderiram à greve na segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect-SP) informou que cerca de 70 servidores aderiram a mobilização na cidade. Com o fim da greve, a expectativa é que tudo volte ao normal com a retomada da entrega das correspondências.