As prisões do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, repercutiram na imprensa nacional e internacional e mostram mais um episódio lamentável na história política.
O descrédito da classe cresce à medida em que episódios como esses mostram “conchavos” e tentativas de benefícios próprios e “ocultação” de informações.
Ambos foram presos, em Brasília, acusados de tentar obstruir o andamento da Operação Lava Jato.
O site do jornal inglês Financial Times afirma que a prisão do “banqueiro bilionário” foi inesperada e inédita, pois extrapola o âmbito das investigações a ex-diretores da Petrobras, lobistas e políticos e chega, pela primeira vez, ao “sofisticado mundo dos negócios na Avenida Faria Lima, em São Paulo”.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal a deflagrar uma operação que levou a prisão do senador, líder do governo no Senado, investigado pela Operação Lava Jato.
O parlamentar teria sido flagrado na tentativa de prejudicar as investigações contra ele, em uma tentativa de destruir provas.
Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso. A PF também fez busca e apreensão no gabinete do petista, no Senado, em Brasília, e nos estados do Rio, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.
A prisão de Delcídio é resultado da operação deflagrada pela Polícia Federal, que também tem como alvo empresários. Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, em 1ª instância.
Trata-se de mais um episódio lamentável, de grande repercussão negativa e que merece ser esclarecida. A política vive hoje uma grande crise de credibilidade por conta dos vários episódios com denúncias de corrupção, favorecimentos e prisões de suspeitos de cometer atos ilícitos, de falta de decora com a conduta política.
O maior prejudicado desses “abusos políticos”, com certeza, é a população que a cada dois anos deposita seu voto com a esperança de mudança.