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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Editorial

Editorial

28 janeiro 2020 - 23h59
Suzano ganhou ontem o Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi). Um setor importante para garantir às vítimas de violência um auxílio, respaldo e segurança.
O DS traz reportagem na edição de hoje e mostra que o centro foi inaugurado oficialmente pela Secretaria da Justiça e Cidadania.
A unidade do Cravi Suzano foi instalada menos de um ano após a tragédia na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano. O atentado marcou a vida dos moradores da cidade, trouxe reflexões sobre o aumento da segurança nas escolas e proporcionou um trabalho intenso para com as vítimas - que conseguiram escapar do atentado. 
Oito pessoas - entre funcionários e estudantes - morreram. Os dois autores do atentado também morreram.
O Cravi, inaugurado ontem, é um local que presta serviços gratuitos a vítimas de crimes graves.
É importante porque receberá encaminhamentos dos órgãos de justiça, saúde, educação e assistência social.
Por meio de convênio com a Associação de Assistência a Mulher, ao Adolescente e a Criança Esperança (AAMAE), os técnicos do Cravi capacitaram a equipe formada por uma psicóloga, uma assistente social, uma coordenadora de unidade e um oficial administrativo.
Só para se ter uma ideia, o Cravi, programa da Secretaria da Justiça e Cidadania, bateu recorde de atendimentos no primeiro quadrimestre de 2019. Foram contabilizados 1.049 atendimentos nos meses de janeiro a abril. No mesmo período de 2018, foram 452 atendimentos contabilizados. O número de atendimentos registrado nesse primeiro quadrimestre jamais foi atingido em quatro meses, desde a criação do programa, em 1998.
Contribuiu para a marca o atendimento prestado em Suzano desde o ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em 13 de março, tragédia que deixou 10 mortos. 
A experiência da Escola Raul Brasil foi fundamental para difundir a importância de se falar sobre violência, nos mais diferentes contextos, inclusive, no escolar.
O Cravi desempenhou atividades de acolhimento e atendimento psicossocial e jurídico às vítimas da tragédia da Escola Raul Brasil, que deixou 10 pessoas mortas. 
O centro oferece atendimento público e gratuito a vítimas e familiares de crimes violentos como homicídio, feminicídio e latrocínio. 
O programa realiza oficinas temáticas para divulgar os serviços oferecidos e proporcionar um espaço de sensibilização sobre temas relativos aos direitos humanos. Em 2019, foram capacitados 2.213 profissionais, aumento de 104% em relação ao ano anterior, que foram de 1.080 capacitações.
As atividades são direcionadas aos profissionais, servidores e estagiários das áreas de saúde, assistência social, direito, psicologia e educação que atuam no atendimento direto à população.
É importante que o programa seja mantido e o Estado tenha continuidade ampliando o serviço para outras cidades.