quinta 18 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Emprego na indústria

20 fevereiro 2018 - 05h00
A busca por mais vagas de emprego na indústria tem sido constante. Apesar de alguns números serem positivos, ainda existe longo caminho na busca por mais oportunidades e abertura de novos postos de trabalho.
O DS traz reportagem na edição de hoje mostrando os números do Alto Tietê.
No País, as vagas abertas pela indústria de transformação paulista no primeiro mês deste ano foram quase quatro vezes superior à média registrada nos meses de janeiro nos cinco anos anteriores. 
O saldo de admissões somou 10,5 mil empregos, enquanto a média nesse período entre 2005 e 2017 havia atingido 2,8 mil. Esse foi o melhor desempenho já obtido em um mês de janeiro desde 2012, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp / Ciesp).
No entanto, comparado a dezembro último, houve pequena elevação de apenas 0,5%. Esse aumento nas contratações foi puxado, principalmente, pelo setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com a oferta de 2.939 postos, seguido de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 2.123, e produtos de minerais não metálicos, com 1.426. De um total de 22 setores pesquisados, 16 ampliaram o quadro de pessoal.
Entre as empresas que efetuaram cortes estão as dos setores de produtos químicos (694), de produtos de madeira (273) e de impressão e reprodução de gravações (155).
O resultado pode sim demonstrar a consistência do processo de crescimento da economia, na avaliação de especialistas.
O desempenho está em sintonia com o aumento da produção, em 2017, que atingiu 3,4%.
O Brasil encerrou 2016 com 12,3 milhões de desempregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação média foi de 11,5% no ano passado – três pontos porcentuais acima do registrado em 2015. Ainda que a taxa média paranaense fique abaixo da nacional (8,5%), o estado fechou o terceiro trimestre de 2016 com o maior índice de desocupação da Região Sul.
Mas a pura geração de emprego não é suficiente. A qualidade das vagas oferecidas está na essência do processo de desenvolvimento e do bem-estar social, garantem especialistas. 
É preciso não apenas elevar a produtividade em todos os setores, mas também a proporção de trabalhadores em empregos de alta produtividade. Assegurar a redução da informalidade do mercado de trabalho (que no Paraná chegou a 31% em 2014, segundo o IBGE) é outro ponto importante, ainda que possa elevar os custos para os empregadores. Ignorar a informalidade traz impactos relevantes, como as distorções produzidas pela concorrência desleal, a existência de trabalhadores desprotegidos ou em condições análogas às da escravidão, além de criar ambiente propício para atividades ilícitas.
Portanto, o caminho para abertura de novos postos é árduo e difícil, mas é importante garantir que essa geração venha beneficiar o maior número de pessoas e reduzir o desemprego no País.