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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Editorial

Febre amarela urbana

07 fevereiro 2018 - 05h00
Há uma grande preocupação com o avanço da febre amarela. A vacina é hoje o único meio de se livrar da doença. 
Ontem, uma nova informação deixou as autoridades de saúde mais tranquilas.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que não há registro confirmado de febre amarela urbana no País. 
O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo está sendo investigado por uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o que inclui o histórico do paciente e a captura de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região.
De acordo com a nota, deve ser observado que o paciente mora na região urbana e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão do trabalho é precipitada. 
É importante informar que São Bernardo do Campo é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela.
O Ministério da Saúde esclarece que todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). 
Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
É importante, nesse momento, ter o mínimo de segurança de que a probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima.
E as autoridades de saúde dizem que é por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram a presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela.
No momento em que a febre amarela criou certo pânico na população, a boa cobertura vacinal nas áreas de recomendação e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas, a fim de adotar a vacinação oportunamente, podem ser uma saída importante.