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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Editorial

Febre amarela

21 novembro 2017 - 05h00
A febre amarela preocupa o Estado de São Paulo. O aparecimento de macacos infectados no Horto Florestal, Parque Anhanguera, entre outros, fizeram com que a Prefeitura de São Paulo fechasse 15 parques preventivamente.
A preocupação é grande. Mas, especialistas afirmam que, ao contrário do que muitos pensam os macacos não transmitem a doença. A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados e a transmissão de pessoa para pessoa não existe. Basta que uma pessoa infectada na região onde vivem os hospedeiros do vírus, sirva de fonte de infecção para o Aedes aegypti nas cidades.
Ontem, em Suzano, a Secretaria de Saúde de Suzano informou que ampliou o número de locais com doses da vacina contra a febre amarela. Além do Centro de Saúde II, agora também oferecem a imunização as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Palmeiras e do Boa Vista.
O objetivo da iniciativa é facilitar o acesso da população à vacina, ao mesmo tempo em que as autoridades dão andamento ao planejamento de uma possível campanha preventiva nas regiões da Casa Branca e do Distrito de Palmeiras - locais onde há corredores de vida selvagem. O atendimento será priorizado, no primeiro momento, às pessoas que deixarão a cidade e seguirão para áreas endêmicas de febre amarela - como as regiões Norte e Centro-Oeste e o interior do Estado de São Paulo.
A febre amarela é transmitida somente pela picada de mosquitos infectados. Na América Latina, há três espécies que hospedam o vírus: Haemagogus, Sabethes e Aedes aegypti. As duas primeiras têm hábitos silvestres, ou seja, vivem em matas e florestas. Já a terceira é urbana.
A infectologista Lucy Cavalcanti Vasconcelos, membro da diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), afirma que a febre amarela em macacos está relacionada aos mosquitos selvagens, que não sobrevivem em áreas urbanas.
O grande risco seria se uma pessoa fosse picada pelo mosquito selvagem infectado, viajasse até a zona urbana e fosse picada pelo Aedes aegypti. O inseto passa a transmitir a doença assim que entra em contato com sangue infectado.
A ação de Suzano tem como principal meta reforçar as barreiras sanitárias no Alto Tietê após a constatação da morte de um primata no Parque Ecológico do Tietê, na capital. Até o momento, não foram registrados casos suspeitos, tampouco confirmados, de febre amarela em Suzano.
A forma mais grave da doença é rara (só uma pequena proporção de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves), e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias). A pessoa infectada pode apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num período de sete a 10 dias.
É importante que o reforço no trabalho de prevenção seja realizado com objetivo de tentar reduzir, ao máximo, os casos registrados.