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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Editorial

Hospitais ‘às pressas’

31 março 2020 - 23h59
O avanço do coronavírus leva autoridades municipais, estaduais e até federal a montar hospitais às pressas.
Unidades provisórias em estádios de futebol e centros de convenções estão sendo usados em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza para receber as estruturas.
Investir em hospitais de campanha (como são conhecidas as estruturas temporárias), em meio a uma crise sanitária, é uma recomendação feita pela OMS (Organização Mundial de Saúde). 
Na Capital paulista, os hospitais estão sendo montados no estádio do Pacaembu e no Centro de Convenções do Anhembi. Em Fortaleza, a construção é no estádio Presidente Vargas. Em Roraima, o Exército ajudou a erguer um hospital de campanha na capital Boa Vista e no estádio Canarinho. No Rio de Janeiro, o Maracanã, palco de muitos clássicos, deve ser transformado em hospital, e o Riocentro, um espaço de convenções importantes na cidade, também.
Só para se ter uma ideia, desde o dia 20 de março, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica têm atuado conjuntamente em função da ativação do Centro de Operações Conjuntas (COC), situado no Ministério da Defesa (MD), em Brasília (DF), que está interligado a dez Comandos Conjuntos, distribuídos por todo o território nacional, para combater o surto de Covid-19.
Com a intenção de apoiar o sistema de Saúde brasileiro devido ao grande número de pessoas que poderão ser infectadas pelo coronavírus, as Forças Armadas iniciaram as ações de coordenação e cooperação que envolvem Hospitais de Campanha (H Cmp) Militares e Civis.
O Hospital de Campanha é uma unidade hospitalar móvel, que temporariamente cuida de pessoas atingidas por situações de emergências e calamidades públicas. 
Oferta serviços de atenção à saúde, com apoio de equipes multiprofissionais, em atendimentos de urgência e emergência, atendimento ambulatorial, internações, remoções, realização de procedimentos cirúrgicos, exames laboratoriais e de imagem. O processo só é finalizado com as altas e as transferências dos pacientes.
Cidades da região, como Mogi das Cruzes e Suzano projetam a construção dessas unidades improvisadas.
Cada Hospital de Campanha pode apresentar diferentes aspectos em seus projetos e composições estruturais e organizacionais para atender às suas finalidades específicas nas atividades de Saúde, e podem ser construídos também por civis, como está acontecendo em muitos estados brasileiros. 
Segundo o governo federal, na operacionalização do apoio de Saúde, por meio do emprego do hospital, diversas ações devem ser planejadas, de forma geral, envolvendo três processos básicos: o atendimento, o apoio logístico e o apoio administrativo. Além dos protocolos assistenciais, deve ser estabelecido um fluxo de fornecimento de medicamentos, materiais e recolhimento dos resíduos sólidos.
Sem dúvida, esses hospitais vão poder auxiliar de forma direta no tratamento de pacientes com coronavírus.