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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Editorial

Inadimplência no comércio

19 julho 2018 - 23h59
Reportagem publicada na edição de ontem, pelo DS, mostra que a maioria das lojas comerciais de Suzano sofre com os consumidores inadimplentes.
Este é um dos fatores que mais atingem os setores de comércio e de serviços.
Nas empresas dos setores de comércio e de serviços, por exemplo, a inadimplência costuma aumentar nos três primeiros meses do ano, em decorrência das vendas efetuadas no mês de dezembro. 
E é justamente nestes meses iniciais que também ocorre queda nas atividades desses setores empresariais, deixando muitos empresários em dificuldades. 
Assim, os administradores, cientes do aumento da inadimplência no período após as vendas natalinas, ou seja, janeiro/fevereiro/março, geralmente é mais rigoroso na concessão de financiamentos, de parcelamentos e de aceitação de cheques. 
A reportagem do DS mostrou que Suzano tem, atualmente, 8.910 consumidores inadimplentes. 
O número representa um aumento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, o mês com pior desempenho - em relação ao número de devedores - foi maio (9.101). Já o mês de fevereiro foi o que apresentou menor número de clientes em débito com o comércio (6.986). 
Lojistas têm afirmando que uma prática muito usada no mercado para tentar reduzir a inadimplência é o encurtamento nos prazos de pagamento, trabalhando-se com planos de, no máximo, três parcelas. Acima dessas parcelas, as empresas têm buscado financeiras para bancar o crédito.
É evidente que manter o ritmo acelerado de vendas de um produto ou serviço é o desejo de qualquer empresário. Mas o que muitos não avaliam, no entanto, é que o sucesso do negócio nem sempre está na quantidade comercializada e sim na qualidade da transação – o quanto a compra vai gerar de lucro para o empreendedor. 
A falta de cuidado na análise sobre a capacidade de pagamento do comprador, ou seja, se ele terá condições para saldar a dívida, acaba por prejudicar os lojistas.
Em Suzano, conforme mostrou reportagem do DS, junho também foi o mês onde um maior número de consumidores conseguiu “limpar seu nome”. De acordo com os números da ACE, 5.320 clientes conseguiram sair da lista de devedores no último mês.
Há muitas recomendações para os lojistas, como, por exemplo, se for arriscado, não vender o produto.
Nenhum empreendedor se sente satisfeito em perder uma venda, mas, apesar do impulso natural ser contrário a isso, às vezes, o "não vender" representa um ganho financeiro que sempre deve ser considerado. Se encontrou um cliente duvidoso, não venda, recomendam os especialistas.