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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Editorial

Inadimplência no comércio

18 fevereiro 2020 - 23h59
Reportagem publica nos jornais em São Paulo apontou que a inadimplência de famílias da cidade de São Paulo subiu para 20,1%, maior nível desde outubro do ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O índice do mês passado foi 0,3% maior que o verificado em fevereiro e 0,8 ponto acima no comparativo anual.
Enquanto isso, a proporção de famílias endividadas na capital paulista subiu para 55,1% em março ante 53,6% em fevereiro e 54,6% um ano antes, segundo a pesquisa mensal da entidade.
Na realidade de Suzano, conforme reportagem do DS ontem, o número de exclusões na lista de inadimplentes no mês de janeiro caiu 8,49% quando comparado ao mesmo período de 2019. 
Os dados são da Associação Comercial de Suzano (ACE Suzano). De acordo com a entidade, em janeiro do ano passado, 5.911 devedores conseguiram retirar seus nomes da lista de inadimplência no comércio.
Em 2020, este número caiu para 5.409, um recuo de 502 pessoas. Ainda de acordo com a ACE, o número de inclusões no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) também regrediu no mesmo período. De 8.830 para 8.321. Isso representa um recuo de 5,76%, ou seja, 509 pessoas na lista de nomes sujos na cidade.
Assim, ao mesmo passo que as exclusões diminuíram a entrada de novos nomes à lista de inadimplentes também recuou. A média de devedores para o mês desde 2018 é de 8.413 inclusões e 5.218 exclusões no SCPC. No ano passado, janeiro foi o 6º mês com maior número de novos devedores, perdendo apenas para dezembro (9.834), abril (9.342), fevereiro (9.033), março (8.940) e maio (8.873). Também foi o 6º com o maior número de exclusões, atrás de dezembro (6.844), agosto (6.388), julho (6.255), outubro (6.197) e junho (6.093).
A reportagem mostrou também que em média, 8.772 pessoas tiveram seus nomes na lista de devedores em 2019, contra 5.892 nomes limpos. 
Em dezembro de 2019, a cidade fechou o mês com 9.834 devedores, contra 9.073 no mesmo mês em 2018. 
Não há dúvida de que a inadimplência é um problema que afeta muitos brasileiros, ainda mais em um momento de tentativa de recuperação econômica. A crise somada a alta taxa de desemprego resultou no maior patamar de famílias inadimplentes em sete anos, segundo a Confederação Nacional do Comércio.E isso não afeta apenas a população, mas a economia como um todo. Os preços, a produção industrial, o estoque de produtos estão diretamente relacionados a esse índice. Esses fatos acontecem porque, sem o pagamento, os comerciantes não recebem e também não podem pagar os fornecedores, que não tem recursos para produzir e assim por diante. O resultado é um ciclo vicioso que prejudica o cenário econômico.Outro fator significante são os juros. Um dos dados usados pelas instituições financeiras calcularem as suas taxas é o risco de inadimplência.