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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Editorial

Iniciativas contra a Covid-19

07 março 2021 - 05h00
A luta contra a Covid-19 prossegue em todo o mundo. E, no Brasil, surgiu esta semana uma novidade importante.
O Instituto Butantan encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido de autorização para testar um soro, desenvolvido pelo instituto, em pacientes com covid-19. 
Uma medida importante que pode contribuir, de forma direta, no reforço ao combate contra o coronavírus.
De acordo com o Butantan , o soro, que é produzido em cavalos, pode ajudar a reduzir a letalidade e a gravidade da doença e aliviar o sistema de saúde.
O estudo inicial seria feito com pacientes transplantados de rim do Hospital do Rim e pacientes com comorbidades do Hospital das Clínicas, na Capital paulista.
A Anvisa informou que já recebeu o pedido de autorização dos testes, que está em análise técnica, mas ressaltou que o Butantan ainda não entregou o Dossiê Específico de Ensaio Clínico, que contém o protocolo clínico do estudo a ser realizado. 
Segundo a Anvisa, o dossiê é o principal documento para a avaliação e é obrigatório.
O Brasil tenta avançar no combate à doença, mas as dificuldades são grandes por conta da vacinação ainda em ritmo lento e a falta de mais doses.
A expectativa do Butantan é que os testes sejam autorizados pela Anvisa na próxima semana.
Na semana passada, o Instituto Butantan, explicou como será o soro que está sendo testado em animais como coelhos e camundongos.
Segundo o Butantan, o soro já demonstrou que estes tiveram diminuição da carga viral e perfil inflamatório reduzido. Além disso, os animais apresentaram preservação da estrutura pulmonar. Os estudos clínicos estão sendo conduzidos pelo infectologista Esper Kallás, da Universidade de São Paulo, e pelo nefrologista José Medina, que integram o Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo.
O soro foi produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção. Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos são isolados para que possam ser usados contra a doença. É esse produto que está sendo testado em roedores que foram inoculados previamente com coronavírus.
Com os resultados positivos em animais, agora os pesquisadores querem testá-lo em humanos. O objetivo é verificar a segurança e a eficácia do soro em pacientes já infectados com o novo coronavírus. Três mil frascos de soro estão prontos para o início imediato dos testes em humanos. Uma iniciativa importante na tentativa de conter o avanço da Covid.