Uma das finalidades da democracia é a participação do povo, que tem no voto uma importante forma de demonstração política.
Historiadores afirmam que o livre exercício do voto surgiu em terras brasileiras com os primeiros núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos colonizadores. A primeira lei eleitoral, de 3 de janeiro de 1822, foi assinada pelo príncipe regente.
Parte fundamental do exercício da cidadania refere-se à Consciência Política, que também pode ser exercida pelo voto.
E a participação da juventude é importante nesse processo.
Na edição de domingo, o DS trouxe reportagem mostrando que o jovem eleitorado da região reduziu quase meio por cento nos últimos quatro anos. Em 2014, 11,2 mil adolescentes com idades entre 16 e 17 anos estavam aptos a votar nas eleições gerais. Neste ano, apenas 6,3 mil eleitores nesta faixa etária demonstraram interesse em participar das votações, por meio do título de eleitor. No Brasil, o voto é obrigatório somente a partir dos 18 anos. Embora o eleitorado geral do Alto Tietê tenha crescido 5,8%, a diferença de 4.923 jovens a menos ilustra o desinteresse e descrédito deste público pela política nacional.
Especialistas afirmam que ensinar aos jovens o papel da Justiça Eleitoral, a construção da democracia e revelar não apenas o fato histórico da Independência, mas também a imensa transformação política, social e econômica no País é importante.
Esse é um trabalho que tem como finalidade levar aos estudantes conhecimentos que eles poderão utilizar não só para as eleições, mas por toda vida como cidadãos conscientes.
Nas eleições 2018, o voto facultativo dos adolescentes representa 0,5% do eleitorado regional.
Há quatro anos, este público tinha representatividade de pelo menos 1% nas decisões. Para o mestre em Direito Político e Econômico e especialista em Ciências Sociais, Olavo Câmara, os maus exemplos na política desestimulam a participação dos jovens e da população de modo geral.
Para especialistas, o voto dos jovens pode ser determinante porque podem influenciar o voto das pessoas do seu círculo social, como pais e avós.
As pesquisas demonstram que a rede de amizades e familiares é o fator que mais influencia na escolha dos candidatos.
Mas, sem dúvida, o jovem costuma ter um voto crítico. A participação dos eleitores de 16 e 17 anos é, sem dúvida, fundamental, porque a partir do primeiro voto vão se preparar para fazer escolhas políticas em toda vida.
