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Jornal Diário de Suzano - 23/04/2024
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Editorial

Longevidade

18 outubro 2020 - 05h00

Viver mais tempo e envelhecer com saúde são dois desafios constantemente enfrentados pela medicina e pela ciência, que já conseguiram grandes avanços. O declínio da taxa de fecundidade associado à expansão da expectativa de vida levará o Brasil, nas próximas duas décadas, a ter mais idosos do que crianças vivendo em seu território. Até 2060, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de que, a cada quatro brasileiros, um será idoso.
Na semana passada, o DS trouxe reportagem mostrando que sete cidades do Alto Tietê aparecem no ranking com os melhores índices de longevidade no Brasil. Aquelas em que são as melhores para envelhecer.
Poá é a melhor colocada. Está na 65ª posição no ranking nacional. Em seguida vem Mogi das Cruzes na 122ª posição; Arujá na 125ª colocação; Suzano na 158ª; Ferraz de Vasconcelos na 175ª; Santa Isabel na 200ª, e Itaquaquecetuba na 221ª.
O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) é uma iniciativa do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon que conta com metodologia da Fundação Getulio Vargas.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) as mudanças necessárias são três: tornar as cidades amigáveis aos idosos; realinhar os sistemas de saúde às necessidades do idoso e desenvolver sistemas de cuidado de longo prazo, que possam reduzir o uso inadequado dos serviços de saúde.
Com o surgimento de novas tecnologias, acesso a informações, e educação continuada, identificamos formas de prevenção e diagnóstico precoce de diversas patologias.
O levantamento divulgado pelo DS, na semana passada, chega à sua segunda edição com 876 municípios analisados, nos quais vivem 160 milhões de brasileiros. A primeira edição, lançada em 2017, analisou 498 cidades. O objetivo do estudo é apontar, de forma clara e objetiva, os pontos positivos e negativos dessas cidades para que gestores, governantes e representantes da sociedade civil possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida nestas localidades.
Para isso, o IDL 2020 se baseou em 50 indicadores divididos em sete variáveis: Cuidados de Saúde; Bem-Estar; Finanças; Habitação; Cultura e Engajamento; Educação e Trabalho; e Indicadores Gerais. 
Os resultados mostraram que mais da metade dos municípios analisados não está adequada para a longevidade de suas populações.
Para o Instituto, o dado é preocupante, visto que a população brasileira passa por um processo de envelhecimento acelerado.