sexta 19 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Editorial

Mais Médicos

17 novembro 2018 - 23h59
Após o anúncio do fim da parceria de Cuba com o Mais Médicos, a previsão é que médicos cubanos que atuam no programa federal comecem a deixar o País já no dia 25 deste mês, segundo informações do Jornal Folha de S. Paulo.
O assunto se tornou uma grande polêmica. 
O Mais Médicos deixará de ter 8,5 mil médicos cubanos que, na época da gestão federal do PT, foram contratados por conta da falta de interesse de profissionais brasileiros, conforme alegação na época.
A saída deve ser gradual, separada por regiões. 
Em alguns dias, haverá mais de um voo de volta ao país caribenho.
A situação preocupa, mas esta semana o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disse que vai sugerir à equipe de transição, na próxima semana, substituir as vagas abertas com a partida dos cubanos, no programa, por profissionais formados com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ele, o tema foi analisado por técnicos e deve ser agora debatido em nível político.
O ministro não detalhou a proposta que será apresentada à equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. 
O Fies é um fundo de financiamento para estudantes de baixa renda. Um período depois de formados, os estudantes passam a pagar as mensalidades que foram financiadas. Os valores variam de acordo com a negociação prévia feita no momento da matrícula.
O ministro disse que até a próxima terça-feira (20) será lançado o edital para a contratação de médicos nas vagas que surgirem com o desligamento de profissionais cubanos. Eles devem ser substituídos por médicos brasileiros que tenham o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM), obtido no Brasil e que possam fazer a opção de trabalhar no Programa Mais Médicos.
É importante que essas vagas que serão deixadas possam ser preenchidas o mais rápido possível para não deixar os pacientes sem atendimento.
As áreas em que os médicos cubanos atuam são carentes. Necessitam de atendimentos urgentes por causa da carência da população.
No último edital no ano passado, o Ministério da Saúde teve mais de 20 mil inscritos brasileiros. 
O governo federal vai atuar em parcerica com os municípios e a sociedade médica de uma maneira geral.