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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Editorial

Medicamentos

26 novembro 2019 - 23h59
A Organização Mundial de Saúde entende que há uso racional de medicamento quando pacientes recebem remédios para suas condições clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
O uso irracional ou inadequado de medicamentos é um dos maiores problemas em nível mundial. A OMS estima que mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. 
Exemplos de uso irracional de medicamentos incluem: uso de muitos medicamentos por paciente ("polifarmacia"); uso inadequado de antimicrobianos, muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções não bacterianas; excesso de uso de injeções quando formulações orais seria mais apropriado; falta de prescrição de acordo com as diretrizes clínicas; automedicação inapropriada, muitas vezes medicamentos prescritos; não aderência aos regimes de dosagem.
Na edição de ontem, o DS trouxe reportagem mostrando que o Núcleo de Apoio ao Servidor (NAS) da Prefeitura de Suzano promoveu palestra sobre a importância da utilização racional de medicamentos. Com o tema “Medicar ou Remediar”, foram tratados temas como os perigos da automedicação e a cultura do uso indiscriminado de remédios na sociedade contemporânea. 
A palestra, com duração de 1h30, analisou algumas das práticas mais comuns e, em alguns casos, equivocadas no consumo dos medicamentos. Dentre eles estão a utilização de remédios com nomes semelhantes, mas com princípios ativos diferentes, a venda realizada de forma ostensiva em farmácias e drogarias e a necessidade de acompanhamento na redução gradual em alguns tratamentos para evitar efeitos colaterais. 
Também foi tratado o tema da automedicação e seus perigos, principalmente em casos de medicamentos de uso controlado. Além do risco de fortalecimento de doenças com o consumo irregular, o acompanhamento médico para psicotrópicos e antidepressivos é fundamental para a garantia do bem-estar dos pacientes. 
A orientação aos pacientes não deve ser somente sobre o medicamento correto a ser escolhido, mas como ele deve ser tomado e como o corpo reage às pílulas em cada hora do dia, por exemplo, conforme especialistas. 
Portanto ingerir medicação sem orientação de um profissional pode “mascarar” uma doença mais grave em estágio inicial, dificultando o diagnóstico médico precoce.
Médicos apontam surgimento de problemas: entre as consequências do uso abusivo de remédios está o aparecimento de náuseas, vômitos, reações alérgicas, reações gastrointestinais e efeitos sobre o sistema nervoso central.
É preciso ter cuidado com os antibióticos: com eles a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso indiscriminado pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, comprometendo a eficácia dos tratamentos.