O setor metalúrgico apresenta expressiva importância no cenário econômico brasileiro, com vasta cadeia produtiva dos segmentos ligados à metalurgia, usinagem e produção de manufaturados metálicos, sendo base de outras atividades relevantes para o País, como a indústria automobilística, construção civil e bens de capital.
Embora a indústria brasileira venha sendo afetada pela crise internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor siderúrgico é um dos mais significativos, principalmente ao desempenho das indústrias da construção civil e automobilística. Analisando o período 1970/2011, por exemplo, observa-se que a indústria tem demonstrado expansão, passando o PIB setorial de US$ 17,2 bilhões, em 1970, para US$ 58,7 bilhões, em 2011. Há cinco anos, apresentou um faturamento de aproximadamente US$ 85 bilhões.
Apesar de todos estes números, a indústria metalúrgica sofre com a crise, conforme mostrou o DS na edição de ontem. As empresas estão demitindo e trazendo grande preocupação para o futuro do setor, em Suzano.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Suzano registrou 1.055 demissões em 2015 devido à baixa produção de venda do setor, conforme mostrou a reportagem.
O número representa 32% do quadro total de funcionários, que antes tinha em média 3,6 mil trabalhadores e, agora, possui 2,5 mil funcionários.
Como medida paliativa, as empresas têm negociado férias coletivas e banco de horas com o objetivo de evitar mais demissões.
Apesar de o levantamento ser do ano passado, o sindicato já registra novas demissões nestes dois primeiros meses do ano.
A preocupação com o setor é muito grande, principalmente, pelo fato de ser importante para o crescimento da indústria nacional.
A quantidade de demissões e fechamento de empresas do setor vai “frear” a economia do País e provocar novamente crise financeira com efeito cascata atingindo não somente a área metalúrgica, mas outros setores da economia brasileira.