O Brasil é o segundo País com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa a cobertura vegetal no território brasileiro. São aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada por ano em consequência de derrubadas e incêndios. Esse processo acarreta vários fatores negativos ao meio ambiente, entre eles se destacam: perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas, erosões, entre outros. O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade agropecuária. Porém, a construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas. Na edição de ontem, o DS trouxe dados de Suzano. Só para se ter uma ideia, o desmatamento da Mata Atlântica nas cidades da região avançou nos últimos anos. Entre 2012 e 2014, o Alto Tietê perdeu 80 hectares de vegetação natural. Com isso, 79,27% do território que deveria ser conservado está desmatado. O levantamento foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo a pesquisa intitulado Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, as dez cidades da região tinham 252.175 hectares de vegetação natural. Atualmente, possuem apenas 52.271 hectares, o que representa 20,73% No período entre 2012 e 2014, Suzano foi a cidade que mais desmatou áreas nativas, com a perda de 39 hectares. Dos mais de 20 mil hectares que o município tinha de Mata Atlântica, atualmente resta apenas 2,4 mil hectares, o que equivale a 12%. Salesópolis e Ferraz de Vasconcelos desmataram dez hectares; Itaquaquecetuba, oito hectares; Arujá, sete hectares; e, Mogi das Cruzes, seis hectares. As outras cidades da região não tiveram desmatamento neste período. Poá é a cidade com menor número de conservação. Isso porque, o município tinha 1.712 hectares e toda a área foi desmatada. A preocupação é grande e trata-se de um desafio com objetivo de preservar a “vida nativa”, a natureza, e barrar o avanço de áreas desmatadas.