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Jornal Diário de Suzano - 10/12/2023
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Editorial

Ocupação x reorganização

21 novembro 2015 - 07h00

Discordar, de forma crítica contundente, com argumentos, é sempre importante para a democracia. Assim, a reorganização escolar, implementada pelo governo estadual, tem sido alvo de muitas polêmicas. O principal argumento de estudantes, professores e da comunidade é o fato de que não houve discussão anterior para a escolha do processo de reorganização. O resultado foi uma revolta geral com a possibilidade de fechamento de 93 escolas. A intenção do Estado, em tentar melhorar a educação, pode ter sido boa. Mas, era preciso, em primeiro lugar, um detalhamento de como vai funcionar o novo sistema. Segundo: uma discussão mais abrangente para dirigir todas as dúvidas até agora existentes sobre o futuro das escolas. A ocupação de escolas tem sido uma instrumento utilizado por estudantes para protestar contra a reorganização. Esse expediente, utilizado por alunos, vem ganhando espaço e parado na Justiça. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) agendou audiências de conciliação para discutir a questão das ocupações das escolas paulistas. De acordo com levantamento divulgado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), 64 escolas estão ocupadas por estudantes e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Desde o início dos protestos, 69 unidades educacionais foram ocupadas, mas, segundo os dados da Apeoesp, duas foram desocupadas, na última terça-feira, e outras três na quarta-feira. Ontem, uma escola em Poá foi ocupada. (O DS traz os detalhes na edição de hoje). A reorganização escolar será implantada, em janeiro de 2016, pela Secretaria de Estado da Educação. O projeto prevê o fechamento de escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino da região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo a secretaria, é segmentar as unidades em três grupos (anos iniciais e finais dos ensinos Fundamental e Médio), conforme o ciclo escolar. Em nota, a secretaria estadual informou que continua disposta a dialogar com os manifestantes que ocupam unidades de ensino estaduais. Mas, o assunto é muito polêmica. Vai requerer ainda muito diálogo com estudantes, professores e o Sindicato do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). O assunto é delicado e requer uma enorme discussão para que se chegue ao consenso.