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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Editorial

Preços, reforma, ministério...

13 fevereiro 2018 - 05h00
Os preços dos combustíveis são sempre alvo de polêmicas no País. Na semana passada, no entanto, o presidente Michel Temer disse que considera uma “agressão ao consumidor” o fato de que as reduções de preços da gasolina anunciadas pela Petrobras nas refinarias não são repassadas às bombas. 
O governo afirma que não vai permitir esse comportamento e foi determinado que a Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fiscalizem os postos.
Sem dúvida é preciso tomar providências sobre essa prática. O governo terá de determinar ao Cade e à Polícia Federal que fiscalizem os postos. 
A Petrobras decidiu fazer os aumentos ou as reduções de acordo com os preços internacionais. Quando tem aumento, a bomba de gasolina registra o aumento e quando tem redução, não registra a redução. 
Na semana passada, também o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, se reuniu com o presidente do Cade, Alexandre Barreto, e pediu que o Conselho investigue os preços praticados por postos de combustíveis.
O consumidor é quem fica em uma situação difícil. Quando ocorre redução não vê os valores menores na prática. Os aumentos sim. Esses, geralmente, são repassados em velocidade maior.
Nesse sentido é preciso estudar medidas para reduzir o impacto do preço do gás de cozinha para a população de baixa renda, a serem anunciadas em breve. 
Houve aumento no botijão do gás de cozinha e o governo federal afirma que está examinando uma fórmula de compensar esse aumento para os mais pobres.
Outra assunto que veio à tona na semana passada, além dos preços dos combustíveis foi a Reforma da Previdência. 
O presidente voltou a defender a reforma dizendo que ela é fundamental para o equilíbrio das contas públicas e não atinge os mais pobres. 
Mas tudo vai depender de aprovação na Câmara Federal. Por isso, o governo afirma que fez do Legislativo um parceiro para conseguir aprovação.
Outra pendência para o governo é a situação do Ministério do Trabalho. Há um grande impasse em torno da posse da ministra Cristiane Brasil.
Em que pese todas as polêmicas envolvendo o nome de Cristiane, o governo federal entende que a Constituição estabelece que é competência privativa do presidente da República nomear ministros.
Por fim os assuntos para o governo são todos muito polêmicos e difíceis de uma solução imediata em meio ao período eleitoral.
Temer que tem dito que “no momento é candidato a passar na história como alguém que pegou o país numa recessão profunda, saiu da recessão e nesses últimos seis meses, apesar dos embates todos, conseguiu fazer as reformas necessárias” pode até ser um pré-candidato. Sua popularidade muito baixa, talvez não o credencie a levar avante seu nome nas eleições, como defendem alguns políticos. O importante para o cidadão comum é ficar de olho nesses assuntos porque atingem diretamente seu dia-a-dia.