A reformulação do Ensino Médio e a construção de uma base nacional curricular comum para essa etapa foram temas de discussão de seminários.
O assunto é permanente. Repleto de preocupações. Porque a definição pode contribuir de forma direta para o ensino público no País.
Especialistas tem alertado que a base nacional comum não deve se limitar a uma lista de conteúdos, mas ir além e tratar, por exemplo, da formação dos professores e da relação entre União, estados e municípios.
Ontem, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que o governo pretende aprovar, ainda este ano, a Reforma do Ensino Médio, nem que seja necessário editar uma medida provisória.
A reformulação do currículo e estrutura da parte final do ensino básico está em discussão no Congresso Nacional.
Especialistas têm alertado para as dificuldades em votar a proposta, uma vez que a prioridade do parlamento nos próximos meses deve ser as medidas relacionadas à economia.
Especialistas afirmam que a reforma do Ensino Médio não poderá sair até o final do ano via projeto de lei, mesmo com urgência, nós vamos partir para a medida provisória.
O Ministério da Educação enviou uma série de contribuições ao projeto substitutivo que está sendo elaborado pelo deputado Wilson Filho (PTB-PB) a partir do texto inicial do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
O enxugamento do currículo e a flexibilidade na escolha das disciplinas foram alguns dos pontos destacados quando se falar sobre as alterações propostas para o Ensino Médio.
Ampliar a integração entre o ensino convencional e a rede técnica é outro ponto defendido por Mendonça.
A grande maioria das redes da educação média são absolutamente separadas da educação técnica.
É preciso aproximar mais para oferecer também essa oportunidade para os jovens.
Também são necessárias adaptações no modo de ensinar. Mendonça atribuiu os elevados índices de evasão escolar, em parte, à falta de interesse dos jovens na escola.
O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece que a base nacional curricular comum da educação básica deve estar concluída neste ano.
Atualmente o conteúdo do nível de ensino está direcionado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
As discussões são amplas. É preciso fazer um Enem modelador dos currículos como se a gente só formasse no Ensino Médio como uma etapa de transição para a faculdade, conforme defendem especialistas.
A educação tem de ser a base de todos os outros setores de governo. Por isso, as discussões devem avançar.