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Jornal Diário de Suzano - 20/04/2024
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Editorial

Rendimentos dos trabalhadores

30 novembro 2017 - 05h00
Melhorar o salário dos trabalhadores é um grande desafio das administrações.
Ontem, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2016, o rendimento médio mensal real dos 88,9 milhões de trabalhadores do país, com 14 anos ou mais de idade, resultou em uma massa mensal de rendimento (total pago à população ocupada) de aproximadamente R$ 191 bilhões e um rendimento médio de R$ 2.149. 
O salário ainda precisa melhorar. A grande reclamação é que o novo valor salarial, geralmente, não acompanha o acumulado da inflação, o que ocorrem perdas para os trabalhadores.
A pesquisa mostrou que os homens recebiam, em média, por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa 77,1% do rendimento masculino.
O rendimento médio mensal real das pessoas brancas (R$ 2.810) era maior que os rendimentos observados para as pessoas pardas (R$ 1.524) e pretas (R$ 1.547). As pessoas brancas apresentaram rendimentos 30,8% superiores à média nacional de R$ 2.149, enquanto as pardas e pretas receberam rendimentos 29,1% e 28%, respectivamente, inferiores a essa média.
Segundo o IBGE, a população branca corresponde a 46,6% da população ocupada e a população parda, 43,4%. 
Em relação à escolaridade, a participação das pessoas com, no mínimo, o Ensino Médio completo foi 56,8% dos ocupados. Entre aqueles que não tinham o Ensino Fundamental completo ou equivalente, a participação foi 27,9% dos ocupados.
As pessoas sem instrução ou que tinham menos de um ano de estudo apresentaram o menor rendimento médio (R$ 884). Por outro lado, o rendimento das pessoas com Ensino Fundamental completo foi 57,8% maior, chegando a R$ 1.395. Quem tinha Ensino Superior completo registrou rendimento médio aproximadamente três vezes maior que os que tinham somente o ensino médio completo e quase seis vezes o daqueles sem instrução.
No ano passado, as pessoas que tinham rendimento proveniente do trabalho correspondiam a 42,4% da população residente no Brasil (87,1 milhões), enquanto 24% (49,3 milhões) tinha algum remuneração de outras fontes (aposentadoria, pensão, aluguel, pensão alimentícia, transferência de renda, entre outros).
É importante que os novos salários venham com correções apropriadas, sem perdas acumuladas, e que garantam o mínimo de possibilidade de subsistência aos trabalhadores.