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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Editorial

Saldo negativo de empregos

28 julho 2020 - 23h59
Os reflexos da Pandemia da Covid-19 na economia do País provocam saldos negativos de emprego. A situação foi comprovada nos dados divulgados ontem pelo Ministério da Economia.
 
As demissões de empregos formais chegaram a 906.444 e as admissões a 895.460, em junho. Com isso, o saldo ficou negativo em 10.984 vagas, número inferior ao registrado em maio (-350.303), informou ontem (28) a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, que divulgou os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
 
O DS traz os dados das cidades da região. A secretaria destaca que, em junho, “o mercado formal de trabalho apresentou melhora em relação a maio. Junho teve 16% menos desligamentos (166.799) e 24% mais admissões (172.520) do que maio”.
 
No primeiro semestre, o saldo do emprego formal ficou negativo em 1.198.363, resultado de 6.718.276 admissões e 7.916.639 desligamentos.
 
A quantidade total de vínculos ativos com carteira assinada ficou em 37.611.260. O salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.696,92.
 
O desafio da geração de empregos no Brasil vem de muitos anos.
 
O País é uma das 10 maiores economias do planeta, com população estimada em 209 milhões de pessoas, segundo a Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 
Cerca de 170 milhões têm 14 anos ou mais e, desses, 105 milhões compõem atualmente a força de trabalho, distribuída em 92 milhões de ocupados e 13 milhões de desempregados. Estão fora da força de trabalho aproximadamente 65 milhões de pessoas.
 
Em uma década, a desocupação foi reduzida para os menores patamares (6,8% em 2014), porém, em pouco tempo, uma crise econômica aprofundada pela instabilidade política quase dobrou a exclusão pelo desemprego, elevando a taxa para 12,7% em 2017.
 
A gravidade da situação pode ser observada pelas situações de desvinculação, desalento ou subutilização dos trabalhadores no sistema produtivo. A crise fez explodir o contingente de desalentados, aqueles que, mesmo precisando, desistiram de procurar ocupação. 
 
Os trabalhadores sub-ocupados, com jornada de trabalho reduzida, eram 6,6 milhões, cerca de 7,2% dos que tinham ocupações (2018). Esses trabalhadores precisam e esperam melhores postos de trabalho, com jornada integral e salários mais altos. O IBGE estima ainda que outros 8 milhões de trabalhadores componham a força de trabalho potencial –pessoas que precisam trabalhar, mas que não procuraram emprego.
 
Nos dados divulgados pelo Caged para todo o País ontem a agropecuária foi o setor de melhor desempenho, com a abertura de 36.836 novas vagas, seguido pela construção civil, que registrou saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. Comércio e serviços registram saldos negativos com o fechamento de 16.646 e 44.891 vagas, respectivamente.