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Jornal Diário de Suzano - 18/04/2024
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Editorial

Tragédias ‘naturais’

06 julho 2018 - 23h59
O trabalho dos municípios para evitar “desastres naturais” em período de chuvas é constante em praticamente todo o ano.
As ações de limpeza de córregos e monitoramento de áreas de risco têm sido constante, principalmente nos finais de ano.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado esta semana, mostra a quantidade de cidades que têm dificuldades para enfrentar o problema.
Entre 2013 e 2017, dos 5.570 municípios brasileiros, 2.706 (48,6%) foram afetados por secas, 1.726 (31%) por alagamentos, 1.515 (27,2%) por enxurradas, 1.093 (19,6%) por processos erosivos acelerados e 833 (15%) por deslizamentos. No entanto, em 2017, 59% dos municípios brasileiros não apresentavam nenhum instrumento voltado à prevenção de desastres, e apenas 14,7% (821 municípios) tinham Plano de Contingência e/ou Prevenção para a seca.
Os dados são do Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) 2017 que, pela primeira vez, traz informações sobre a gestão da política agropecuária nos municípios brasileiros. Verificou-se que a maioria dos municípios (92,7%) tinham órgão gestor para política agropecuária e que os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural estavam presentes em 63,7%. Além disso, 66,6% dos municípios tinham programas de acesso a insumos agropecuários, com destaque para o acesso a mudas e sementes, presentes em 66,9% e 66,6% dos municípios com esse tipo de ação ou programa.
Os desastres naturais representam um conjunto de fenômenos que fazem parte da geodinâmica terrestre, portanto, da natureza do planeta.
Quando ocorrem, podem trazer consequências catastróficas para o ser-humano e por mais que a tecnologia na área seja avançada, muitos desastres naturais são imprevisíveis.
São fenômenos naturais e representam a mudança de ciclo na Terra, no entanto, nos tempos atuais, essas ocorrências tem aumentado de maneira significativa, o que nos leva a crer nas estatísticas e estudos sobre o meio ambiente.
Só para se ter uma ideia, em 2017, 93,4% dos municípios tinham algum tipo de estrutura na área ambiental (secretaria, setor ou órgão de administração indireta) contra 88,5%, em 2012. A presença de Fundos de Meio Ambiente aumentou de 37,2%, em 2012, para 50,3%, em 2017. 
Não é mais uma surpresa que o Brasil esteja exposto a uma variedade de perigos naturais, como mostra a pesquisa. Por isso, é importante ações efetivas. A maioria dos eventos naturais recorrentes e interrupções é de natureza hidrometeorológicos tais como seca, chuvas torrenciais e deslizamentos de terra.