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Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
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Editorial

Urnas eletrônicas

02 dezembro 2017 - 05h00
Em 2016, a urna eletrônica completou 20 anos de sua criação. De 1996 para cá, o equipamento já passou por cinco modificações até chegar ao modelo atual. Hoje, a máquina inventada no Brasil é referência para processos eleitorais em todo o mundo. Países como Paraguai e Argentina já utilizaram urnas brasileiras.
O modelo eletrônico para registro dos votos começou a ser desenvolvido na década de 1960, por Sócrates Ricardo Puntel. A ideia era de que o equipamento evitasse fraudes no processo, assim como erros de dupla contagem, problemas comuns na época em que cada eleitor declarava seu voto nas cédulas.
A cada ano, os equipamentos vêm passando por fase de testes.
Ontem, um teste público de segurança (TPS) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na urna eletrônica identificou três "falhas relevantes” no software do aparelho.
Tais falhas, no entanto, não estavam presentes em eleições anteriores. São oriundas das atualizações na urna eletrônica realizadas este ano, para uso nas eleições de 2018, em que se votará para presidente, governador, senadores, deputado federal e estadual.
Perguntado se as falhas encontradas poderiam ser uma fonte de preocupação do eleitor em relação à segurança da urna eletrônica, Gilmar Mendes afirmou que “não há motivo para isso”.
Ao explicar mais detalhadamente a jornalistas a natureza das falhas encontradas, o coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, disse que “não é nada que venha de outra eleição e que não seja resolvido em uma semana”.
Antes do modelo eletrônico de urna que é utilizado hoje, equipamentos de outros materiais chegaram a ser testados, como: madeira, metal e lona. No tempo do Império e nos primeiros anos da República, não havia cédula oficial e os votos eram registrados em qualquer papel e, em seguida, depositados em uma caixa de madeira. A legislação da época possibilitava ainda que o eleitor simplesmente declarasse sua escolha em voz alta.
A informatização também tornou o processo de apuração dos votos mais rápido: antes da meia-noite do dia da votação, a Justiça Eleitoral divulga o resultado da eleição. Na última eleição geral a utilizar somente o sistema manual, o pleito de 1994, o nome do presidente da República só foi anunciado depois de 36 dias de apuração e consolidação do resultado. Nas últimas eleições gerais, em que também foi usado o sistema biométrico, cerca de sete horas depois do fim da votação, o nome do presidente eleito foi anunciado.
É importante que os equipamentos sejam preparados para receber, no ano que vem, uma das mais importantes eleições do Brasil.