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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Editorial

Uso de fuzil

03 novembro 2018 - 23h59
Na semana passada, o DS trouxe reportagem mostrando que o governo do Estado de São Paulo, por meio da Polícia Militar, ampliou a autorização de uso de fuzis com maior precisão e alcance, modelos .556 e .762, pela PM em todas as regiões do Estado, inclusive nos municípios do Alto Tietê. O armamento é de uso na Instituição em operações específicas e no policiamento ostensivo e preventivo, mas agora a quantidade será ampliada em todas as atividades de competência da Polícia Militar.
A proposta trouxe certa polêmica porque há também quem não concorde como procedimento, mas segundo o governo do Estado trata-se de uma medida importante para a segurança pública, pois permite fazer frente a criminosos que atuam em ocorrências com grave risco de morte, como furtos e roubos a caixas eletrônicos e transportadores de valores. 
A pasta acrescentou que sargentos, cabos e soldados habilitados poderão utilizar os fuzis, de acordo com estudos e com a estratégia operacional de cada região.
Já o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, em entrevista à Revista Veja, relativizou a eficiência da medida. 
Segundo ele, do ponto de vista da diminuição da criminalidade, não vai ter efeito nenhum, eu acho que a polícia de São Paulo é muito bem equipada. Para ele, o armamento pesado se justifica apenas para ocorrências de enfrentamento ao crime organizado, que são minoria entre as ocorrências que a PM paulista enfrenta, e avalia que o armamento utilizado atualmente é suficiente.
A reportagem do DS mostrou que o treinamento e o número de policiais militares do Estado de São Paulo com habilitação para usar fuzil têm aumentado na corporação, desde o primeiro semestre, quando o projeto foi implantado, segundo o Estado.
O objetivo é aumentar ainda mais o poder de reação dos PMs e também a percepção de segurança da população. Os equipamentos já foram utilizados pelas equipes da PM numa ação em Bauru para a recuperação dos recursos roubados no início do mês. O Estado informou que a experiência bem-sucedida foi implantada pelo então comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Vieira Salles, quando comandava a região Oeste, e implantada em toda a Polícia Militar agora, com o aval do Governo do Estado de São Paulo.
A autorização já foi feita. Agora é aguardar para saber se a mudança pode ou não contribuir de forma direta para a redução da criminalidade trazendo segurança aos policiais durante as ocorrências, como propõe o governo do Estado.