O DS traz na edição de hoje a situação da Campanha da Vacinação Antirrábica. Sem as vacinas que, segundo as prefeituras, teriam de ser enviadas pelo Ministério da Saúde, a campanha vai ficar para 2016. Muitas pessoas entraram, nesta semana, em contato com o DS para lamentar a falta da campanha. No mês passado, a Secretaria de Saúde do Estado decidiu recomendar, por precaução, a todos os municípios paulistas que suspendessem imediatamente a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva animal. A decisão ocorreu porque o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças da pasta está acima do observado em anos anteriores, podendo, na avaliação dos técnicos da secretaria, colocar em risco a vida dos animais imunizados. O maior número de eventos adversos notificados é procedente dos municípios de São Paulo e Guarulhos, que têm ampla experiência na realização de campanhas de imunização de cães e gatos. Nessas duas cidades foram registradas sete casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães. Na Capital paulista, das 567 reações notificadas entre os dias 16 e 17 de agosto, 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Neste período, foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade. Em Guarulhos, que já suspendeu a vacinação, houve 40 reações adversas entre 42.860 animais vacinados entre 9 e 13 de agosto. A maior parte das reações tem sido observada em gatos e nos cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17. Também foram constatados quatro óbitos, sendo dois de cães e dois de gatos, no interior de São Paulo. Nem todos os municípios paulistas iniciaram a campanha de imunização. É importante que a situação seja sanada e que, a partir de 2016, a campanha possa voltar com toda força porque, sem dúvida, é importante para quem tem seu animal de estimação.