O clássico do último domingo entre Corinthians e Santos segue repercutindo após seu encerramento. Não pela vitória por 2 a 0 do líder do Brasileirão em casa, no Itaquerão, mas pelo lance que resultou no primeiro gol. Vagner Love sofreu pênalti de Zeca e a infração foi acusada pelo assistente Rogério Pablos Zanardo. O árbitro Flavio Rodrigues Guerra, então, assinalou a penalidade, mas expulsou David Braz. Na súmula, relatou ofensas do zagueiro santista e, ontem, confirmou as mesmas. "A situação era para vermelho. Claro, a gente conversa numa boa com os jogadores, mas nem sempre o que é mostrado na tevê é o que o jogador fala. Às vezes eles chegam sem gesticular e ofendem sua moral e sua honra. Então, nem sempre a imagem aparenta o que foi falado", explicou em entrevista à ESPN Brasil "Ele ofendeu a mim. Quando falei que o assistente me alertou (sobre o pênalti), ele foi ofender o assistente também." A expulsão revoltou a torcida santista e David Braz, que saiu de campo reclamando muito e negando ter ofendido o árbitro. Nenhuma das imagens da tevê, de fato, mostram o zagueiro abordando de forma acintosa o árbitro, que, por sua vez, garantiu que a ofensa aconteceu logo após a marcação do pênalti. "No momento que aconteceu o pênalti, ele veio e me ofendeu moralmente." Apesar de defender o critério usado na expulsão de David Braz, Flavio Rodrigues Guerra admitiu ter cometido um erro no lance do pênalti. O árbitro confessou que ele e seu assistente não conseguiram identificar quem havia cometido a infração e, por isso, não expulsou Zeca. Se tivesse visto o lance, teria mostrado o vermelho para ambos. "Era um jogo difícil, clássico, mas realizamos um bom trabalho. Tivemos o lance da penalidade, o assistente me informou, aguardamos um pouco porque o atacante tenta concluir. Depois, não conseguimos identificar o atleta. Por isso, expulsamos apenas um jogador, que veio reclamar acintosamente comigo e o auxiliar depois da marcação.