O Palmeiras conseguiu atingir o grande objetivo que havia traçado para o jogo contra o Internacional, ontem, em Porto Alegre, pela rodada de ida das quartas de final da Copa do Brasil: fazer um gol no estádio Beira-Rio. Com o empate por 1 a 1, a equipe paulista ficou em uma situação confortável para o jogo da próxima semana no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Pode empatar por 0 a 0 ou conquistar uma vitória simples para se classificar. A situação poderia ser ainda melhor se o paraguaio Lucas Barrios não tivesse desperdiçado um pênalti. Sem o meia argentino D’Alessandro, o Internacional teve poucas opções para colocar a bola no chão e fazer um jogo arquitetado. Alex, o pensador isolado no meio de três volantes, sofreu para cavoucar o melhor espaço. Com isso, o time da casa preferiu a bola aérea e engatou uma sequência de cinco cruzamentos logo no começo. Não foram chances efetivas, a defesa do Palmeiras levou vantagem em todas, mas foram amostras do que viria pela frente. Fato curioso é que não havia um atacante de área para cabecear (Lisandro Lopez e Rafael Moura estavam machucados). Mesmo com mais jogadores criativos à disposição, o Palmeiras mostrou a mesma falha: a falta de criatividade. Em vários momentos, os lançamentos saíram direto dos zagueiros para os atacantes. Muito chutão. Bastou um pouco de paciência e capricho para trocar quatro ou cinco passes para mostrar a força do seu ataque, o melhor do Campeonato Brasileiro e também da Copa do Brasil. Foram dois lances seguidos, ambos desperdiçados por Barrios, que havia marcado quatro gols nos últimos dois jogos. Aos 26 minutos, na cara do gol, ele chutou fraco e deu chance para Alisson salvar. Dois minutos depois, o zagueiro Ernando derrubou Dudu na área depois de uma roubada de bola do Palmeiras. Pênalti bem marcado pelo árbitro Sandro Meira Ricci. De novo, o goleiro levou a melhor sobre o atacante. Ele adivinhou o canto, o direito, e fez bela defesa. As chances de ouro do rival tiveram o efeito de um choque e tiraram o Internacional da sonolência e da ineficiência dos cruzamentos da intermediária. O volante Nilton fez grande jogada, mostrando talento de meia, driblou Vitor Hugo, mas finalizou mal. Antes da partida, o técnico Argel Fucks disse que a atitude dos jogadores do clube gaúcho era tão importante quanto o esquema tático ou a estratégia do jogo.