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Literatura esportiva

Ex-jornalista do DS lança livro sobre racismo na Copa de 1958

Geração de craques incomparáveis deu show nos campos da Suécia e mostraram ao mundo o talento do futebol brasileiro

24 janeiro 2018 - 13h49Por De Suzano

Em junho, serão celebrados os 60 anos da primeira Copa do Mundo conquistada pelo Brasil. Uma geração de craques incomparáveis deu show nos campos da Suécia e mostraram ao mundo o talento do futebol brasileiro. Para se consagrarem, no entanto, tiveram de enfrentar o preconceito racial, que quase os impediram de entrar em campo. Esta é a história retratada no livro “Campeões da Raça – Os Heróis Negros da Copa de 1958”, que será lançado no primeiro semestre deste ano.

 

O autor é o jornalista Fábio Mendes, que já atuou no DS como repórter e chefe de reportagem. Para viabilizar o lançamento de seu primeiro livro, ele lançou uma campanha de financiamento coletivo – também conhecido como crowdfunding – com o objetivo de arrecadar os recursos necessários para a publicação.

 

Para produzir o livro, Mendes entrevistou jogadores, dirigentes e jornalistas que viveram a saga da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1958. O trabalho trará relatos exclusivos e também fotos e reportagens do período.

 

“O futebol é repleto de histórias incríveis, com profundas raízes culturais, históricas ou sociais e que acabam afetando diretamente a dinâmica do esporte como um todo. A narrativa dos jogadores negros que superaram o racismo em 1958 para levar a seleção ao primeiro título é uma das mais emblemáticas”, explica o jornalista.

 

Para Mendes, o livro mostrará um lado mais obscuro do futebol brasileiro em seu período áureo, que muitas pessoas desconhecem. “Estamos acostumados a ler e ouvir as histórias de 1958 sob uma visão mais lúdica, de grandes malabaristas da bola que foram à Suécia e conquistaram o título. Mas há histórias tristes e revoltantes permeando essa conquista. Muitas carreiras foram interrompidas ou sabotadas até que o time de 1958 mudasse essa história”.

 

Passados 60 anos da conquista, o brasileiro aprendeu a admirar craques como Pelé, Garrincha, Didi e Djalma Santos, mas eles próprios tiveram de encarar a dura barreira racial no passado. “Até 1958, era comum se disseminar a ideia de que jogadores negros e mestiços não tinham condições psicológicas de disputar jogos decisivos. Essa tese era reforçada cada vez que a seleção era eliminada em uma Copa do Mundo ou outra competição importante”.

 

Financiamento

Para viabilizar o lançamento do livro, o jornalista criou uma campanha de financiamento coletivo, pelo site Catarse, especializado em ajudar autores a viabilizarem financeiramente seus projetos.

 

“Sempre fui fascinado por essa história de superação. Ela revela muito de nossas riquezas e mazelas e, por isso, precisa ser contada para as novas gerações. Lançar esse livro é um sonho antigo e o financiamento coletivo foi a oportunidade que encontrei para realizá-lo”, completa o autor.

 

Todas as pessoas que participarem do crowdfunding receberão um exemplar do livro, digital ou impresso, de acordo com o valor da contribuição. Para mais informações ou colaborar no projeto, basta acessar o link: Campeões da Raça - heróis negros da Copa de 1958