Juraci tem a incrível habilidade de escalar as seleções de todas as copas - (Foto: Sabrina Silva/Divulgação)Apaixonado por futebol, o funcionário público estadual, Juraci Ramos Batista,52 anos, desenvolveu a incrível habilidade de gravar, na memória, a escalação das seleções campeãs e vices de todas as Copas do Mundo desde 1930 até os dias atuais.
Ele discorre facilmente, por exemplo, os nomes dos jogadores de todas as edições começando pelo Uruguai (1930) passando pela Itália (1934) até chegar a Alemanha (2014). “Também posso escalar as seleções que se destacaram de todas as Copas”, afirma Juraci, que também lembra “esquadrões” marcantes como a Dinamarca, apelidada de Dinamáquina, de 1986, que trazia Elkjar-Arsen e Michael Laudrup.
O DS testou a memória de Juraci e foi além. Pediu para que ele escalasse a seleção da Romênia de 1994. “Prunea, Popescu, Prodan, Petrescu, Belodedici e Raducioiu. Hagi, Munteanu, Lupescu, Selymes e Dumitrescu”, foi a resposta.
A habilidade de Juraci vai além das copas. Ele citou, por exemplo, as escalações do Guarani, campeão brasileiro de 1978; do São Paulo, de 1986; do Atlético-MG de 1971; do Internacional de 1974, entre outros anos.
Para Juraci, escalar os times e seleções de toda a história do futebol é um hobby.
Palmeirense de coração, afirma que só tem dificuldades, de escalar o clube alviverde dos anos 1980. “Porque não ganhamos nada nessa década”, brinca, lembrando, no entanto, do jogo célebre entre Flamengo e Palmeiras no Maracanã, em dezembro de 1979, pelo Campeonato Brasileiro. O time paulista fez 4 a 1. “Jogamos com Gilmar, Rosemiro, Beto Fuscão, Polozzi, Pedrinho; Pires; Mococa, Jorge Mendonça, Jorginho, César e Baroninho”, lembra, mostrando uma série de revistas, a maioria Placar, do qual utiliza como uma das fontes para suas pesquisas.
Geralmente, Juraci faz as anotações das escalações. Utiliza folha de caderno. “É mais fácil para lembrar os nomes depois”, afirma. A incrível habilidade foi aprimorada e chega ao ponto de ele decorar as escalações de dois times desconhecidos assistindo somente os primeiros dez minutos do jogo.
Fã da seleção de 1982, do qual considera a maior de todos os tempos, e da Argentina de 1978, por causa de Maradona, Juraci afirma que não perde um só jogo de futebol quando está em casa. Também estuda esquemas táticos. Prefere Messi a Cristiano Ronaldo e diz que Pelé foi o maior de todos os tempos. Juraci é morador de Poá. É casado. Tem dois filhos e três enteados.
Esta semana esteve na redação do DS e passou por um último teste, antes de encerrar a entrevista. O jornal pediu para que ele escalasse a seleção da União Soviética de 1982, que perdeu para o Brasil de virada por 2 a 1. A resposta foi correta. “Essa aí foi fácil”, brincou.
