Em um jogo com emoção até o fim, o Palmeiras conseguiu uma suada classificação para a final da Copa do Brasil contra o Santos após derrotar o Fluminense nos pênaltis por 4 a 1, no estádio Allianz Parque, em São Paulo ontem depois de vencer no tempo normal por 2 a 1, em um jogo que parecia ser tranquilo para o time da casa, que logo aos 17 minutos já vencia por 2 a 0, mas que se tornou um sufoco. Lucas Barrios fez a diferença no tempo normal. Com os dois gols marcados, ele chegou à marca de sete pelo time alviverde, sendo cinco deles diante do rival carioca - tinha feito três no Campeonato Brasileiro. Nos pênaltis, brilhou o goleiro Fernando Prass, que defendeu a cobrança de Gustavo Scarpa e deixou a classificação bem encaminhada. O zagueiro Gum depois chutou para fora. Rafael Marques, Cristaldo, Jackson e Allione marcaram para o clube alviverde e Jean fez o gol solitário dos cariocas. A boa atuação de Matheus Sales por 45 minutos diante do Sport foi o suficiente para o técnico Marcelo Oliveira resolver apostar no garoto e deixar de lado Egídio. Com Matheus no time, o time ganhou em marcação no meio de campo, já que ele ajudou Amaral e deu maior liberdade para Robinho se movimentar e chegar na frente. Taticamente, o Palmeiras não apresentou nada de novo. Pelo contrário. O que mudou foi a postura e a vontade demonstrada pelos jogadores nos minutos iniciais. Os comandados de Marcelo Oliveira começaram mandando no jogo na base da motivação e dominaram os primeiros 20 minutos. O primeiro gol acabou saindo justamente graças à vontade demonstrada por todos de verde. Aos 13, em uma jogada que parecia perdida, Robinho ficou com a bola e da direita cruzou para Barrios desviar e marcar o primeiro gol A torcida ainda fazia a festa e já começava a comemorar a classificação quando, dois minutos depois, Gabriel Jesus saiu em velocidade, começou a ser puxado por Wellington Silva fora da área e caiu dentro. O árbitro gaúcho Anderson Daronco marcou pênalti, para revolta dos tricolores, que ainda tiveram uma chance de evitar o segundo. Zé Roberto bateu pênalti aos 17, Diego Cavalieri defendeu, mas no rebote, Barrios fez aquilo que parece ter se acostumado: mais um gol sobre o Fluminense. Virou desespero. Com a vantagem e classificação na mão, aquele time guerreiro e voluntarioso "morreu". O Fluminense saiu do campo de defesa e mesmo cheio de limitações, saiu em busca de um gol, que levaria a decisão para os pênaltis. No segundo tempo, a garoa chegou e o Palmeiras parece que ficou no vestiário. Como outrora, a equipe alviverde não conseguiu trocar dois passes certos. O jeito era apostar nos chutões sem qualidade, enquanto que o Fluminense era quem colocava a bola no chão e ia em busca de um solitário gol. Aos 25 minutos, os cariocas iniciaram um contra-ataque que acabou em cruzamento de Gerson e gol de Fred, que estava se "arrastando" em campo, claramente sem condições de jogo. E o que parecia uma vitória fácil, virou drama para os palmeirenses. Nos minutos finais, o Fluminense teve duas grandes chances de empatar. Fernando Prass defendeu uma e a zaga cortou a outra e, no fim, no sufoco, a decisão foi para os pênaltis e mais uma vez o goleiro fez a diferença e levou o Palmeiras para a decisão da Copa do Brasil.