Marco Polo Del Nero passou maus bocados durante as quase três horas que passou respondendo às perguntas feitas por senadores na CPI do Futebol, ontem, em Brasília. Ouviu acusações fortes, comentários irônicos, críticas e até um pedido para que se afastasse de vez do futebol. Mas passou o tempo todo afirmando que vai provar ao FBI que é inocente e que pretende reassumir a presidência da CBF - está licenciado do cargo por 150 dias - assim que "resolver os problemas".
Antes que os senadores começassem a fazer perguntas, Del Nero leu um texto em sua defesa. Afirmou que o futebol brasileiro é um exemplo de organização, que ainda não teve acesso às acusações que lhe são feitas pela Justiça dos Estados Unidos e pelo Comitê Ética de Fifa e que tem certeza de que provará a sua inocência. Ele quis fazer suas considerações por escrito "para que ficassem registradas".
Depois de um início ameno, com perguntas pouco relevantes feitas pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI, a temperatura aumentou com a entrada em cena de Romário (PPS-RJ). O ex-jogador, que preside a CPI, centrou fogo nas denúncias contra Del Nero e em detalhes da investigação nos Estados Unidos que foram divulgados pelo FBI.