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Jornal Diário de Suzano - 08/10/2024
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Nacional

Cunha reafirma que não vai renunciar ao cargo

20 outubro 2015 - 07h00

 Mesmo após surgimento de provas que agravam as denúncias contra si, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), declarou que não pretende renunciar ao cargo. Em entrevista à imprensa ontem, o peemedebista disse não se sentir isolado politicamente e afirmou que não precisa que seu partido ajude. Cunha negou ainda que haja articulação entre ele e o Planalto para negociar sua permanência na presidência da Casa em troca da não instauração de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "Vai continuar exatamente do jeito que está. Eu continuarei, não renunciarei e aqueles que desejam porventura minha saída vão ter de esperar o fim do mandato para escolher outro", declarou. "É importante deixar claro o seguinte: fui eleito pela Casa. Aqui só cabe uma maneira de eu sair, é renunciar. E não vou renunciar Então, aqueles que acham que podem contar com minha renúncia, esqueçam, eu não vou renunciar", reforçou o presidente da Câmara Ele disse seguir presidindo a Câmara "com toda tranquilidade" e que tem "toda legitimidade" para praticar todos os atos inerentes à função para a qual foi eleito. Questionado se espera ajuda do PMDB para sua defesa, Cunha disse que "não espera nada". "Não preciso que ninguém ajude na minha defesa. Minha defesa será feita por mim mesmo e pelos meus advogados no momento e no fórum apropriado. Não tenho nenhuma preocupação com isso", afirmou. Segundo o peemedebista, ele precisará apenas provar sua inocência em relação às acusações para que a maioria dos integrantes do Conselho de Ética e do plenário possa "se satisfazer" com a defesa. Indagado se tem ou se nega ter contas na Suíça, Cunha não negou e disse que só falará sobre esse assunto por meio de nota ou dos advogados. IMPEACHMENT de DILMA A respeito do impeachment de Dilma, ele disse, em recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o rito adotado por ele para os pedidos de impeachment da presidente segue regras do regimento da Casa, que não traz nenhuma inovação e que é semelhante ao adotado no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. "Se prevalecer a tese dos reclamantes, ainda que seja eventualmente induvidosos o cometimento de crime de responsabilidade por parte da presidente da República, não haverá qualquer possibilidade de punição, diante da suposta ausência de lei específica", afirma, em um dos recursos.