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Nacional

Lava Jato: PF deflagra 2ª fase da Pixuleco e prende ex-vereador do PT

14 agosto 2015 - 08h00

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem a 18ª fase da Operação Lava Jato e cumpriu um mandado de prisão temporária e outros 10 mandados de busca e apreensão nos Estados de Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e no Distrito Federal. Batizada de Operação Pixuleco II, essa nova etapa é uma continuidade da ação que levou o ex-ministro José Dirceu para a cadeia. Foi preso Alexandre Romano, que seria um novo operador de propinas que antecedeu o lobista Milton Pascowitch, delator da Lava Jato. Cerca de 70 policiais federais cumpriram desde a madrugada de quinta-feira os mandados decretados pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeiro grau. Romano é ex-vereador do PT. "O foco das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares em relação ao operador identificado a partir da deflagração da fase anterior responsável por arrecadar valores relacionados a vantagens ilícitas que superam R$ 50 milhões", informou a PF. A propina seria obtida mediante crédito consignado no Ministério de Planejamento, "cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores por meio de empresas de fachada e pagamentos realizados por ordem do operador". O preso foi levado ainda ontem para a Superintendência da PF em Curitiba (PR). MPF O Ministério Público Federal (MPF) acredita ter identificado um novo modelo de corrupção dentro do universo Lava Jato - a super investigação que, inicialmente, mirava em doleiros, chegou a diretorias estratégicas da Petrobras, depois, sucessivamente, em agências de publicidade contratadas por órgãos federais, passou para a Eletronuclear e, agora, bate no Ministério do Planejamento e Gestão. "Estamos diante de um novo modelo (de corrupção)", declarou o procurador da República Roberson Henrique Pozzobon, que integra a força-tarefa da Lava Jato, ora em seu 18º capítulo, que identificou um desvio de cerca de R$ 52 milhões a partir de operações de empréstimos de consignados. "(Na Lava Jato) Tivemos empresas de consultoria, desvios através de empresas de publicidade, propinas por empresas de fachada e, agora, aparecem aqui escritórios de advocacia. É uma frente a ser explorada", disse o procurador, referindo-se às quatro bancas de advocacia alvo da Pixuleco II. Roberson Pozzobon faz um paralelo com as organizações do narcotráfico. "Ao contrário dos traficantes de drogas, estamos diante de uma criminalidade empresarial. Ela é organizada por empresas que têm aparência de licitude”, afirmou.

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