Colunista

O novo Hospital Santa Maria

29 JAN 2016 • POR • 07h00

No dia 1º de dezembro, a Samed abriu as portas do novo o Hospital Santa Maria, localizado na Avenida Armando de Salles Oliveira, antigamente chamado de Hospital São Sebastião e hoje, de Hospital Santa Maria. Os novos dirigentes e diretores do hospital, o Dr. Adalcindo Viera Nascimento Filho e o Dr. Mannie Liu, acreditam, com toda a equipe administrativa e tecnica, no futuro do hospital, não obstante, o alto e pesado endividamento e o embargo judicial, no qual se encontra. Grandes serviços começaram a serem oferecidos à cidade quando a administração do hospital estava nas mãos dos antigos proprietários, Calisto Kuniga, Tetsuhiro Morimoto, Kinichi Airara, Isach Oguime e Mário Murakami. Foram eles, que em 1972 instalaram o Hospital São Sebastião com uma estrutura moderna e necessária. Antes, porém, de construir o hospital, o Dr. Calisto e o Dr. Morimoto, já vinham trabalhando desde o ano de 1965, na Clínica São Sebastião, localizada em frente à antiga e já extinta farmácia Droga Eji. Com o falecimento de alguns proprietários, o hospital passou a ser administrado por outros médicos, porém, com o aumento das dívidas, o hospital foi fechado pela justiça em novembro de 2010 e reaberto pela Prefeitura por alguns anos, até ser fechado de novo, no segundo ano do mandato de Paulo Tokuzumi. A Samed acredita em restituir ao hospital o seu ritmo de atendimento aos conveniados, assim como vinha fazendo a Administração passada e também, a Santa Casa II, administrada pela Prefeitura. A Samed, vem desenvolvendo serviços hospitalares de média e alta complexidade em Mogi das Cruzes no Hospital Santana. Agora, na amarga e insolúvel realidade, que afeta o povo suzanense, por falta de políticas em prol da saúde, aparece uma luz no fundo do túnel. Hoje, em todo o Brasil, é dilacerante e dramático o grito do povo, clamando pela vida. Em Suzano, há 60 anos, quando tinha apenas 11.000 habitantes, havia uma estrutura hospitalar, que foi levantada por benfeitores, a Santa Casa. Hoje, com 380.000 habitantes, a saúde não avançou em nada. Houve pequenos avanços na Santa Casa, quando foi inaugurada a UTI e refeito o Pronto Socorro que prioriza emergências médicas com primeiros socorros e se as pessoas precisam de internações as encaminha para a Santa Casa. O poder público construiu um grande palácio para os vereadores, porém nenhuma luz nova apareceu na saúde e os doentes passam a noite e o dia, vivendo entre a cruz e a agonia. A justiça social está ferida. Imagens de luta e de dor, desfilam todos os dias aos nossos olhos, ferem o corpo já ferido e rasgam a alma. Nasce agora, uma esperança com a abertura do hospital Santa Maria (antigo São Sebastião), pelo menos para os conveniados. Lá onde a morte ameaça os seres humanos, o amor dos médicos os traga em vida. Por iniciativa de Dona Francesca, antiga funcionária no Hospital Santana, foi moldada a imagem de Nossa Senhora Santa Maria, abençoada e colocada na entrada do prédio. Na abertura do hospital, os administradores optaram por funcionar apenas o Pronto Socorro, numa primeira etapa, com salas de recepção, de triagem, de consultas médicas e de enfermagem. É uma pequena semente, é um sinal de esperança no caos que afeta o Brasil e muitos municípios.